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Após 10 meses, perícia chega ao fundo da cratera do metrô
DA REPORTAGEM LOCAL
Equipes que investigam as
causas do acidente nas obras do
metrô, em Pinheiros (zona oeste de SP), chegaram ao teto do
túnel que desabou em 12 de janeiro deste ano. A queda da estrutura provocou a abertura de
uma cratera e deixou sete mortos. Outras cerca de 200 pessoas que moravam próximo às
obras ficaram desalojadas.
As escavações atingiram o túnel anteontem, mais de dez meses após o acidente e três além
da previsão inicial para a entrega do laudo do IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas) com
as conclusões sobre o acidente.
As previsões indicam que o
motivo da queda do túnel será
descoberto no final de fevereiro. Técnicos do IPT dizem, extra-oficialmente, duvidar disso.
"A previsão para a entrega do
relatório final, feita pelo IPT,
está mantida para o final de fevereiro de 2008, desde que se
mantenha o atual cronograma
de escavações apresentado pelo Consórcio [Via Amarela]",
diz trecho de nota do IPT.
Para os pessimistas, poderá
haver uma demora maior porque nesse ponto das escavações
o trabalho é mais lento.
O ponto atingido pelas equipes de investigação, das quais
fazem parte peritos do IC (Instituto de Criminalística), é considerado o mais importante por
conter o material do túnel.
Com o material, é possível saber, por exemplo, se o concreto
usado nas obras era adequado.
Até agora, não há indícios do
que motivou a queda.
Para o Ministério Público, a
demora para a chegada ao teto
ocorreu porque o terreno sofre
risco de desabamento. Foi necessário o reforço das paredes.
Após a identificação do material, as escavações pararam. Segundo o promotor Arnaldo
Hossepian Junior, a suspensão
dos trabalhos foi necessária para que seja decidido o local de
armazenamento das provas e
contraprovas. Isso será feito na
segunda-feira.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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