São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Após 10 meses, perícia chega ao fundo da cratera do metrô

DA REPORTAGEM LOCAL

Equipes que investigam as causas do acidente nas obras do metrô, em Pinheiros (zona oeste de SP), chegaram ao teto do túnel que desabou em 12 de janeiro deste ano. A queda da estrutura provocou a abertura de uma cratera e deixou sete mortos. Outras cerca de 200 pessoas que moravam próximo às obras ficaram desalojadas.
As escavações atingiram o túnel anteontem, mais de dez meses após o acidente e três além da previsão inicial para a entrega do laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) com as conclusões sobre o acidente.
As previsões indicam que o motivo da queda do túnel será descoberto no final de fevereiro. Técnicos do IPT dizem, extra-oficialmente, duvidar disso.
"A previsão para a entrega do relatório final, feita pelo IPT, está mantida para o final de fevereiro de 2008, desde que se mantenha o atual cronograma de escavações apresentado pelo Consórcio [Via Amarela]", diz trecho de nota do IPT.
Para os pessimistas, poderá haver uma demora maior porque nesse ponto das escavações o trabalho é mais lento.
O ponto atingido pelas equipes de investigação, das quais fazem parte peritos do IC (Instituto de Criminalística), é considerado o mais importante por conter o material do túnel.
Com o material, é possível saber, por exemplo, se o concreto usado nas obras era adequado. Até agora, não há indícios do que motivou a queda.
Para o Ministério Público, a demora para a chegada ao teto ocorreu porque o terreno sofre risco de desabamento. Foi necessário o reforço das paredes.
Após a identificação do material, as escavações pararam. Segundo o promotor Arnaldo Hossepian Junior, a suspensão dos trabalhos foi necessária para que seja decidido o local de armazenamento das provas e contraprovas. Isso será feito na segunda-feira. (ROGÉRIO PAGNAN)


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