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Foco
Escola que homenageia Octavio Frias de Oliveira é inaugurada no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Com a vinculação do patrono da instituição ao aprimoramento do conhecimento e ao
empreendedorismo, foi inaugurada ontem, na zona oeste
do Rio, a escola municipal Octavio Frias de Oliveira, que
homenageia o empresário e
publisher da Folha, morto em
29 de abril de 2007, aos 94
anos.
A cerimônia foi também
uma oportunidade para que
os alunos conhecessem um
pouco mais da história de
Frias de Oliveira, que era carioca, nascido em Copacabana (zona sul).
O prefeito do Rio, Cesar
Maia (DEM), disse que o empresário servirá de inspiração
para os alunos que ali estudarão. "Essas crianças terão um
patrono fundamental para a
vida delas, porque a história
do sr. Frias pode ser marcada
por dois vetores: o da mobilidade social e o do empreendedorismo. A gente reafirma,
com isso, que eles podem ter
mobilidade social, mas, também, que precisamos desenvolver em nossas escolas o espírito de empreendedorismo,
a busca de espaços e de oportunidades."
Falando em nome da família, Maria Cristina Frias contou às crianças presentes na
cerimônia um pouco da história de seu pai, que, antes de
adquirir a Folha em 1962, superou diversas adversidades,
como a perda da mãe aos sete
anos de idade e a necessidade
de trabalhar para ajudar a família desde os 14.
"Dar nome a uma escola é
muito apropriado porque o sr.
Frias estimulava muito o estudo e o aprimoramento. Ele
sempre dizia que o que a gente tem na cabeça ninguém tira
da gente. O dinheiro tiraram
dele várias vezes, mas o que
ele sabia ninguém tirou", disse ela.
Presentes ao evento, os filhos Otavio Frias Filho, Luís
Frias e Maria Helena Toledo
Piza, além dos netos do publisher, conheceram a escola
e assistiram a uma homenagem feita pelas crianças a seu
pai e avô.
Também participaram da
cerimônia o ministro do TCU
e acadêmico da ABL Marcos
Vilaça, o deputado federal e
colunista Fernando Gabeira
(PV) e os jornalistas e integrantes do Conselho Editorial
da Folha Carlos Heitor Cony
e Janio de Freitas.
"Acho importante a homenagem não só porque num futuro seremos [Rio e São Paulo] uma mesma cidade, mas
porque somos um mesmo
país, e o Rio cultua todas as
pessoas que tiveram importância para o país, como ele,
que nasceu aqui", disse Gabeira.
Cony lembrou que Octavio
Frias de Oliveira sempre teve
uma preocupação muito
grande com a cidade do Rio.
"Essa preocupação, evidentemente, refletiu-se no jornal. A
homenagem é uma forma de
retribuir esse reconhecimento a um homem que foi admirador e defensor da cidade".
Para Vilaça, a vinculação a
um nome de escola é apropriada: "Associar o sr. Frias à
educação tem tudo a ver, porque ele foi um homem que se
preocupou com o crescimento econômico e com o desenvolvimento social. E desenvolvimento social é educar".
A escola municipal Octavio
Frias de Oliveira atende hoje a
339 alunos da educação infantil e do ensino fundamental. A
partir do ano que vem, 630
crianças estudarão no local.
O estabelecimento foi o 23º
a ser construído seguindo o
modelo de escolas padrão da
Prefeitura do Rio. Elas são
projetadas com a preocupação de garantir acessibilidade
a portadores de necessidades
especiais e de preparar as salas de aula para receber os
mais modernos recursos pedagógicos.
Além disso, as construções
são feitas de forma a diminuir
os custos de manutenção,
aproveitando ao máximo a luz
e ventilação naturais.
O investimento para construção da escola -de R$ 3,3
milhões- foi bancado pela
construtura privada Calper
como contrapartida legal,
com base em um decreto municipal de 1976, pela autorização para construção de empreendimento imobiliário na
cidade.
A escola atende hoje tanto
alunos de condomínios de
classe média do largo do Anil,
em Jacarepaguá, quanto filhos de moradores da favela
Rio das Pedras, na zona oeste
da cidade.
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