DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A variação identificada nos registros do ONS entre 2008 e 2009 é um "forte indício" de que "algo anormal" ocorreu, disse Carlos Manuel Portela, professor de engenharia elétrica da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ele, os fatores mais comuns de desligamentos nas linhas são as descargas atmosféricas e o aumento no consumo.
"Com a crise [econômica], o consumo ficou estacionado e não me parece que tenha havido variações do clima que pudessem interferir a esse ponto."
O pesquisador José Maurício de Barros Bezerra, da Universidade Federal de Pernambuco, diz que não existe um sistema "imune a falhas". "Pode ser um pico, porque neste ano houve uma condição climática adversa, é inviável garantir a segurança total". O desmatamento, segundo ele, pode deixar as linhas de transmissão suscetíveis ao vento e às queimadas.
O professor José Antônio Jardini, da Escola Politécnica da USP, disse que os fatos mais "surpreendentes" registrados pelo ONS no ano foram desligamentos das linhas de transmissão de Itaipu nos dias 4 e 22 de julho, que não afetaram os consumidores. Segundo ele, os dois casos são "anormais" e "merecem ser investigados".


Texto Anterior: Outro lado: Para ONS, apagões foram localizados e de curta duração
Próximo Texto: Em Marsilac, irmãos vivem sem energia
Índice