São Paulo, domingo, 15 de novembro de 2009

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MARISA LISETE DOLCETTI GARILLI (1944-2009)

A advogada que se entregou ao movimento Bandeirante

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A vida da advogada Marisa Garilli mudou numa reunião de pais, no colégio onde a filha estudava. Foi ali que ela conheceu outra mãe, Amparo, que lhe falou sobre o movimento Bandeirante. Tornaram-se grandes amigas. Originalmente apenas para meninas e com a mesma base do escoterismo, o bandeirantismo prega o ensinamento -de forma lúdica- da boa conduta e da ética a crianças.
Marisa, após ter o interesse despertado para o assunto naquele início dos anos 80, colocou a filha Milena, então com seis anos, na organização. Com o tempo, a filha acabou abandonando as atividades, mas ela não: continuaria envolvida com o movimento pelo resto da vida. Era ultimamente diretora de um grupo e chegou a presidir a federação no Estado de São Paulo.
Sua função consistia em cuidar da parte estrutural. Dona de um Fusca, não gostava de dirigir, e era Amparo quem pilotava o carro até o mercado, onde faziam compras para os acampamentos. A amiga, porém, tinha dificuldades para alcançar os pedais do automóvel. Marisa resolveu o problema: trocou o Fusca por um Fiat 147.
Como advogada trabalhou por longos anos em seu escritório. Diz o marido, o contador Luiz, que ela às vezes fazia o papel de "advogada Robin Hood", ou seja, resolvia gratuitamente as pendengas de familiares e de amigos. Morreu quinta, dia 5, aos 65 anos, de insuficiência respiratória. Deixa uma filha e uma neta. Sua missa de sétimo dia foi ontem, em São Paulo.

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