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MARISA LISETE DOLCETTI GARILLI (1944-2009)
A advogada que se entregou ao movimento Bandeirante
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A vida da advogada Marisa
Garilli mudou numa reunião
de pais, no colégio onde a filha
estudava. Foi ali que ela conheceu outra mãe, Amparo,
que lhe falou sobre o movimento Bandeirante. Tornaram-se grandes amigas.
Originalmente apenas para
meninas e com a mesma base
do escoterismo, o bandeirantismo prega o ensinamento
-de forma lúdica- da boa
conduta e da ética a crianças.
Marisa, após ter o interesse
despertado para o assunto naquele início dos anos 80, colocou a filha Milena, então com
seis anos, na organização.
Com o tempo, a filha acabou abandonando as atividades, mas ela não: continuaria
envolvida com o movimento
pelo resto da vida. Era ultimamente diretora de um grupo e
chegou a presidir a federação
no Estado de São Paulo.
Sua função consistia em
cuidar da parte estrutural.
Dona de um Fusca, não gostava de dirigir, e era Amparo
quem pilotava o carro até o
mercado, onde faziam compras para os acampamentos.
A amiga, porém, tinha dificuldades para alcançar os pedais do automóvel. Marisa resolveu o problema: trocou o
Fusca por um Fiat 147.
Como advogada trabalhou
por longos anos em seu escritório. Diz o marido, o contador Luiz, que ela às vezes fazia
o papel de "advogada Robin
Hood", ou seja, resolvia gratuitamente as pendengas de
familiares e de amigos.
Morreu quinta, dia 5, aos 65
anos, de insuficiência respiratória. Deixa uma filha e uma
neta. Sua missa de sétimo dia
foi ontem, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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