São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2001

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Ministério tenta evitar perda de 70 mil vacinas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para não jogar no lixo 70 mil vacinas para pneumonia -o equivalente a R$ 560 mil-, o Ministério da Saúde acelerou, desde novembro, a distribuição e aplicação das doses. Na embalagem das vacinas há um aviso para que sejam utilizadas antes deste mês.
Segundo o ministério, não há nenhum problema com as vacinas, pois a data de fabricação é 16 de dezembro de 1999 e, apesar do que está escrito na caixa, o prazo de validade é de dois anos a partir da data de fabricação.
Para atestar a qualidade das vacinas, o ministério encomendou um laudo ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz, que autorizou a utilização do produto até amanhã. Além disso, a assessoria do ministério alegou que o próprio ministro José Serra havia tomado uma dose da vacina anteontem.
As vacinas são restantes de lote de 1 milhão de doses, comprado em 1999 do laboratório francês Pasteur Mérieux Connaught e usado neste ano em anúncio de vacinação para idosos.
As 70 mil vacinas que sobraram foram redistribuídas em novembro. Brasília ficou com quase 20 mil doses e o restante foi distribuído, em lotes menores, para os Estados. Um dos lotes da vacina estava sendo usado ontem no posto médico do ministério.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal pediu apurações ao Ministério Público alegando que há indícios de uso de medicamentos fora do prazo de validade e que isso poderia prejudicar a saúde dos trabalhadores. "Não iríamos aplicar vacinas que estivessem vencidas", disse Ivone Perez, coordenadora do programa de Imunização do DF.



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