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LEGISLATIVO
Governo teme não ter 37 votos para mudar lei
Votação do IPTU e da educação emperra novamente na Câmara
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo segundo dia consecutivo, o
governo não conseguiu aprovar
ontem, na Câmara, as duas propostas mais polêmicas da prefeita
Marta Suplicy (PT): a que cria o
IPTU progressivo em São Paulo e
a que inclui novos gastos na verba
da educação.
A maior dificuldade do PT foi
conciliar interesses diferentes em
um só projeto. O partido criou
uma única proposta para alteração da LOM (Lei Orgânica do
Município) prevendo as mudanças na educação e no IPTU.
Com isso, além de ter que aprovar os projetos de lei ordinária sobre os dois assuntos, para os quais
precisaria de 28 votos, o partido
também precisa conseguir 37 votos para conseguir aprovar o projeto de alteração da LOM.
Alguns vereadores são a favor
do IPTU progressivo, mas contrários à alteração na educação. Outros não concordam com o número de isentos do IPTU ou com
a alíquota proposta pela prefeitura. Com isso, votar a alteração da
LOM ficou muito difícil.
O PT não conseguiu garantir o
apoio dos vereadores do PMDB à
proposta do IPTU. Segundo a
oposição, os peemedebistas estariam condicionado o apoio a cargos nas administrações regionais.
Como parte das negociações,
Carlos Apolinário (PGT) conseguiu aprovar projeto que altera a
lei do PSIU para templos religiosos, que reduz o valor das multas.
Anteontem, o projeto do IPTU
chegou a ser encaminhado para
votação, mas a desconfiança de
que não alcançaria os votos necessários fez o líder do governo,
José Mentor (PT), adiar a votação.
Segundo o presidente da Câmara, José Eduardo Cardozo (PT), o
projeto do IPTU não está vinculado a uma mudança na LOM, já
que esta não exclui a progressividade, viabilizada pela Constituição. Mas, na dúvida, o partido
preferiu não arriscar.
(MELISSA DINIZ)
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