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Pastoral realiza repúdio ao aborto em manifesto
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Pastoral da Criança
aprovou ontem uma moção
contra o projeto que legaliza
o aborto no Brasil. O manifesto foi redigido e aprovado
numa assembléia de coordenadores da entidade. A coordenadora nacional da Pastoral, a médica Zilda Arns,
conduziu a redação final.
Não houve discordância
de posição entre os cerca de
60 coordenadores e capacitadores nacionais de voluntários reunidos em Curitiba.
O manifesto tem oito linhas e será enviado a deputados federais e a senadores.
O projeto que descriminaliza o aborto está previsto para entrar na pauta da Câmara no início de 2006.
Ligada à Igreja Católica, a
pastoral repudia o aborto
em qualquer circunstância
-mesmo quando há risco
de morte para a mãe e em caso de má formação do feto.
A assembléia de coordenadores tomou posição em nome dos 262 mil voluntários e
de 1,4 milhão de famílias
atendidas pela entidade, em
4.008 cidades. ""[Os coordenadores] reafirmam a missão da Pastoral da Criança
de promoção e defesa da vida, desde sua concepção, colocando-se contra todas as
formas de supressão da vida
humana", diz o texto. ""Mesmo com risco de morte da
mãe, o aborto não é permitido. Mas se ela vai morrer,
[abortar] é decisão dela",
disse depois Zilda Arns.
A proposta à espera de discussão na Câmara permite
às mulheres abortar até a 12ª
semana de gestação sem que
precise justificar o motivo e
até a 20ª semana, em caso de
gravidez em conseqüência
de estupro. Nos casos de
anencefalia do feto ou risco
de morte da gestante, não há
prazo.
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