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Com concurso de moda, policiais do DF querem afastar imagem repressora
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para afastar a imagem de
Polícia Militar como força
repressora da ditadura, a Associação dos Oficiais da PM
do Distrito Federal promoveu um concurso entre estudantes de moda de Brasília,
que criaram novos modelos
de fardas para a corporação.
O desfile que contou com
"looks" de gala e social feminino e masculino, batalhão
masculino e para oficiais
grávidas aconteceu em outubro, no Congresso Nacional
de Oficiais Militares.
"A farda é instrumento
que impõe respeito, mas
também pode distanciar as
pessoas devido a um mecanismo psicológico que vem
da ditadura", afirma o major
Leobertino Lima Filho, presidente da associação.
Para o uniforme de rua, a
estudante vencedora, Cristina Cardoso Vaz, 24, optou
por manter a combinação de
blusa cinza-claro e calça preta, mas usou tecidos mais leves para facilitar a movimentação e a absorção de calor.
Para as mulheres, escolheu
corte acinturado, "com inspiração nos anos 50 e 60".
Outros Estados também
mudaram de visual sem
apontar razões políticas. Os
militares, no entanto, tiveram participação na história
das fardas. Quando o regime
reorganizou as polícias, tentou impor o azul-petróleo,
mas não contou com adesão
geral: alguns Estados mantiveram o tradicional cáqui.
Tocantins, fundado apenas em 1988, fala de retorno
às origens quando explica
sua adoção da cor, em 2004.
Na Bahia, a retomada do cáqui -mais adequado ao calor- ocorreu em 1997.
No Amapá, um pelotão
testou, em 2001, fardas
azuis-claras em operações
de rua e ouviu a opinião de
5.000 pessoas. Segundo o coronel Pedro Melquíades Lopes, o azul-petróleo não tinha boa receptividade.
(GL e ND)
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