São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2001

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Sócios de Beira-Mar são assassinados

CELSO BEJARANO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Os irmãos Ramão Cristobal, 35, e Mauro Ezequiel Morel, 24, foram assassinados com tiros de metralhadora, no sábado à tarde, em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul.
De acordo com o relatório final da CPI do Narcotráfico, os irmãos teriam ligações com o traficante foragido Fernandinho Beira-Mar. Já a polícia paraguaia acha que os Morel foram executados a mando do próprio traficante por "queima de arquivo".
Os irmãos assassinados no Paraguai compõem o "clã dos Morel", cujo pai, João Morel, aparece na CPI como o maior distribuidor de maconha da fronteira do Brasil com o Paraguai. Somente no ano passado, a polícia brasileira apreendeu 118 toneladas de maconha que saíram de Capitán Bado, um recorde nacional.
Ramão e Mauro foram mortos em um sítio da família, conhecido como Cilo Ouro Branco. De acordo com informações da polícia paraguaia, os irmãos foram mortos por quatros homens que ocupavam uma camionete importada. Além dos Morel, morreu Eudalto Espíndola Vera, 42, que seria o segurança dos dois.
João Morel está preso em Campo Grande (MS) desde março do ano passado. Ele recebeu autorização da Justiça para acompanhar o velório dos filhos, mas se recusou a viajar para o Paraguai.
O chefe da família Morel era perseguido pela polícia, segundo a CPI do Narcotráfico, desde dezembro de 1960, quando foi acusado de envolvimento no contrabando de café.
De lá para cá, ele coleciona uma lista de acusações que incluem roubo de carro, assassinato e ligação com o tráfico internacional.
No entanto, João Morel pode ser absolvido por falta de provas.




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