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Jovens em carro arrastam punk por 60 m na zona norte
Garoto de 15 anos teve traumatismo craniano e está internado em estado grave
LÉO ARCOVERDE
DO "AGORA"
Um estudante punk de 15
anos foi arrastado por um carro
dirigido por três rapazes, por
cerca de 60 metros, na madrugada de ontem na avenida Deputado Emílio Carlos, na Vila
Nova Cachoeirinha (zona norte
da capital). Os acusados foram
presos minutos depois ao passar novamente pelo local do
crime. A polícia suspeita que
eles sejam skinheads.
Os acusados dizem que foram cercados por um grupo de
20 punks e que o rapaz acabou
preso ao carro, sendo arrastado
em seguida. A vítima diz que foi
agarrada pelo braço e arrastada. Ele sofreu traumatismo craniano, um corte de cerca de 20
cm no rosto, fratura no osso
frontal e em três costelas, lesão
no fígado e em um rim, e ainda
respira com ajuda de dreno colocado em seu peito.
A vítima diz não saber o porquê da agressão. "Eu estava
atravessando a rua, ao lado da
minha namorada, quando eles
me pegaram, do nada", disse
ontem, ressaltando que não se
lembra de como cortou o rosto.
"Só lembro do momento em
que dois deles, um no banco de
passageiro da frente e outro no
de trás, me puxaram pelo braço, e o motorista arrancou com
o carro. E que eles me batiam o
tempo todo no rosto", disse.
Os três suspeitos do crime
disseram à polícia que foram
cercados por um grupo de cerca
de 20 punks quando pararam o
carro num semáforo.
O auxiliar de serviços gerais
Neriu Pedroso, 23, que estava
ao lado do motorista, disse que
empurrou a vítima no momento em que ele tentou entrar pela janela do carro para agredi-lo. Já o auxiliar administrativo
João Lucas Ortiz dos Santos, 18
anos, que é filho de um policial
civil, contou que estava no banco de trás do carro e, por isso,
não sofreu ou participou de
qualquer agressão.
Segundo o irmão da vítima,
que estava com ele na hora da
agressão, ambos estavam voltando para casa, acompanhados de suas namoradas, quando
pararam numa praça em frente
ao Cemitério Vila Nova Cachoeirinha. Foi quando, disse,
seu irmão foi pego pelo braço e
começou a ser agredido.
Os pais da vítima dizem ser
contrários à postura do filho de
se assumir como punk. Também "não aprovam" seu cabelo
moicano pintado de vermelho
desde o início de 2008.
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