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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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"Leveza" da bebida é atrativo

DA REPORTAGEM LOCAL

Beber álcool sem sentir. E beber rápido. São as vantagens das "ice", disse o garoto. "Parece suco de limão!", afirmou Wander de Oliveira Andrade, 18, em um depoimento que parecia uma das boas propagandas das bebidas que compõem a "onda ice".
Na última quinta, ele aguardava para entrar em uma danceteria do circuito do Itaim Bibi (zona oeste de SP). "Até dez [garrafas" você fica zerado. As meninas tomam direto. É fraquinho." Quando sai à noite, Wander e os amigos costumam "esquentar" tomando drinques ou "o que vier" em barracas de ambulantes, que vendem tudo mais barato. Depois, o grupo entra na danceteria e divide algumas bebidas caras, como as "ices".
Reginaldo Knaip, 21, o "motorista" dos amigos, diz que costuma tomar uísque com um pouco de água. "Nunca bati o carro."
"É mais fácil de carregar. É gostoso e mata a sede", disse Ricardo Gentile, 24, que só aguenta beber destilados combinados. "Uísque, só com energético".
Estudo da OMS, de 2001, sobre o marketing de álcool para jovens mostra que a indústria tem esse mercado como algo crucial para maximizar as vendas.
Segundo a OMS, para pessoas jovens, cinco minutos extras de exposição à propaganda do álcool na TV por dia estão associados a um aumento no consumo diário de álcool de cinco gramas.


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