São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

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Estado cumpre 82% das metas

DA REPORTAGEM LOCAL

Relatório da Secretaria de Estado da Saúde aponta que São Paulo cumpriu 81,63% das metas da atenção básica pactuadas para o ano de 2002.
Os dados são da avaliação de metas do Pacto de Atenção Básica, sistemática de avaliação criada em 1999 pelo Ministério da Saúde. Estados e municípios acertam, em conjunto, a partir de orientação federal, os indicadores mais importantes. Uma das funções da Secretaria de Estado da Saúde é acompanhar os resultados.
Segundo Sueli Vallim, da comissão de avaliação da secretaria estadual, a expectativa é que, a partir de 2003, o município, já habilitado na gestão plena do sistema de saúde -comando das unidades básicas e da rede hospitalar- melhore seus indicadores.
No município, destaca, houve decréscimo dos coeficientes de mortalidade por câncer de colo de útero e de mama, embora estejam, ainda, com valores acima do verificado no Estado. "Em relação à tuberculose, o aumento da prevalência pode ser devido à melhoria da notificação", diz.
Para Vallim, o fato de o município não ter atingido a meta de número de consultas por habitante em 2002 deve-se, como tem ocorrido nas grandes cidades, "talvez à maior proporção de segurados em planos de saúde", diz.
Osvaldo Donini, coordenador do Centro de Informação da secretaria municipal, diz que o fato de a prefeitura não ter acesso a informações da rede privada explica a baixa cobertura vacinal em crianças. "As clínicas não passam as planilhas", diz. Ele afirma, no entanto, que as doenças que podem ser prevenidas com vacinas vêm caindo, o que comprovaria que a cobertura é suficiente.
Segundo Vallim, na saúde bucal os indicadores de acesso à primeira consulta e a cobertura de procedimentos coletivos continuam muito baixos, praticamente sem melhora desde 2001. A taxa de acesso à primeira consulta foi de 4,19% em 2002. A meta era 5%. No Estado, passa dos 10%.
Estudo feito no ano passado pela União dos Movimentos de Saúde com 1.921 usuários de 220 das 400 unidades básicas da cidade mostrou que 48% dos que procuraram atendimento odontológico não conseguiram acesso.
"O último concurso para dentista foi em 1989", diz o secretário da Saúde de São Paulo, Gonzalo Vecina Neto. O déficit, em outubro passado, era de 400 dentistas.



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