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Via Amarela não pagará multa por atraso
Isenção valerá pelo tempo que durar a paralisação das obras para a realização de inspeções de segurança na linha 4 do metrô
Após 18 horas, acerto que definiu interrupção dos trabalhos também vai adiar conclusão de laudo do IPT sobre acidente em Pinheiros
ROGÉRIO PAGNAN
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A paralisação dos trabalhos
na linha 4-amarela do metrô,
determinada pelo governo de
São Paulo, vai atrasar a investigação do acidente na estação
Pinheiros, que deixou sete
mortos em 12 de janeiro, e deverá postergar a data de entrega da obra pelas construtoras.
A dilatação dos prazos foi
acordada numa reunião que
durou mais de 18 horas entre
representantes do Metrô, Consórcio Via Amarela, Ministério
Público e IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), concluída às 8h20 de ontem.
O encontro definiu os pontos
da linha 4 em que haverá interrupção dos trabalhos até a realização de laudos de segurança,
que serão avalizados pelo IPT.
A conclusão de todas as análises deve durar 50 dias -pelo
acordo, as construtoras ficam
desobrigadas de pagar multa
contratual (de 0,2% do valor da
obra por semana) por descumprimento de prazo por período
equivalente ao das inspeções.
Na prática, a conclusão da
primeira fase da linha 4 (6 das
11 estações do trecho Luz-Vila
Sônia), inicialmente programada para dezembro de 2008 (e
que já tinha expectativa de
atraso de quatro meses), deve
ser postergada em mais dois,
conforme avalia o consórcio.
As construtoras, em contrapartida, vão arcar com os custos decorrentes da paralisação,
além de pagar R$ 1,8 milhão ao
IPT para a análise dos laudos.
O diretor de operações e negócios do IPT, Marcos Tadeu
Pereira, afirmou que a nova tarefa obrigará a um redirecionamento de equipes encarregadas das investigações do acidente em Pinheiros, atrasando
a conclusão do laudo da cratera
-embora não se saiba quanto.
Até então, a previsão otimista do IPT para a conclusão desse trabalho era agosto. De qualquer forma, devem ser enviados relatórios parciais até lá.
O consórcio obteve a liberação de atividades em pontos da
linha 4 (em estações da primeira etapa), além da garantia de
escavação pelo tatuzão nas próximas semanas. A justificativa
foi a necessidade de resguardar
a segurança das instalações. As
mais afetadas serão seis frentes
de escavação de túnel e cinco de
estações -de um total de 23.
O termo de compromisso inclui a disponibilização pela internet de imagens da obra captadas em tempo real. Não há,
porém, prazo para a medida.
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