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JUVENTUDE
Avaliação é parte de estudo inédito da Unesco
Jovens brasileiros têm melhores condições de vida em SC e no DF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O jovem brasileiro tem, em média, 7,4 anos de estudo, renda familiar per capita de 1,46 salário
mínimo (pouco menos de R$ 360
hoje) e 80% deles desenvolvem alguma atividade -estudo, trabalho ou ambos. Têm melhores
condições de vida em Santa Catarina e no Distrito Federal do que
em Alagoas e em Pernambuco.
Essas estão entre as principais
constatações de um trabalho inédito divulgado ontem pela Unesco no livro "Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2003".
Coordenado pelo pesquisador
Julio Jacobo Waiselfisz, o relatório apresenta o IDJ (Índice de Desenvolvimento da Juventude),
com dados sobre educação, saúde
e renda dos jovens de 15 a 24 anos.
É semelhante ao IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) e varia de 0, o pior resultado, a 1.
A Unesco quer divulgar o índice
a cada dois anos. Servirá para
acompanhar se políticas públicas
para o jovem estão funcionando.
O estudo constata grande desigualdade regional. Enquanto as
unidades mais bem colocadas
-Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo- têm IDJ entre 0,673 e 0,622, o
índice nas piores varia de 0,337
em Alagoas, o último colocado,
até 0,385 no Acre, antepenúltimo.
A média da renda per capita no
país é de 1,46 salário mínimo,
mas, no Sudeste, vai até 1,81 e, no
Nordeste, cai a 0,82.
Segundo Waiselfisz, a cada ano
de estudo, o jovem agrega na renda 0,27 salário mínimo (R$ 65) e
2,2% mais de chance de emprego.
Mas só 48,6% dos jovens de 15 a
24 anos freqüentam a escola.
Dos 80% em atividade, 30,3% só
estudam e 31,2% só trabalham. Os
primeiros têm melhor renda: 1,79
salário mínimo. A pior renda fica
com os 20,3% sem trabalho ou estudo -há 7 milhões no país.
Na faixa dos 15 aos 24 anos, a taxa de mortes por causas violentas
é de 74,42 óbitos por 100 mil jovens. O Rio e o Maranhão são os
piores, com 128,57 e 127,97.
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