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Grupo investiga
19 suspeitos de
atentado a premiê
LEILA SUWWAN
DE NOVA YORK
No relatório que será apresentado hoje ao Conselho de
Segurança da ONU sobre a investigação do assassinato do
premiê do Líbano Rafik Hariri
não há menção da detenção ou
da suspeita de envolvimento da
libanesa Rana Koleilat. Ela foi
detida nesta semana em São
Paulo após tentar subornar policiais que a monitoravam a pedido da Interpol.
Dos 19 suspeitos de tramar o
atentado contra Hariri em fevereiro de 2005, 15 pessoas já
foram detidas por autoridades
libanesas e francesas -10 ainda estão presas no Líbano.
Os nomes dos suspeitos são
mantidos em sigilo pela
UNIIIC, sigla da comissão internacional independente de
investigação, chefiada pelo ex-procurador belga Serge Brammertz. Todos os detidos são
suspeitos de ligação direta ou
indireta com a morte de Hariri,
falso testemunho, fraudes ou
falsificações de documentos.
O relatório, segundo a Folha
apurou, não traz avanços na investigação que ligaria Koleilat
ao assassinato. Ela foi identificada no Brasil como suspeita
de uma série de golpes no banco libanês Al Madina, que entrou em colapso em 2003.
Segundo a UNIIIC, um dos
motivos do assassinato foi a
promessa de Hariri de investigar fraudes bancárias, corrupção e lavagem de dinheiro do
banco, envolvendo autoridades libanesas e sírias.
"Precisamos preservar a integridade da investigação devido
à delicada natureza internacional. Não podemos comentar
essa notícia ou as afirmações de
que esta pessoa tem envolvimento", disse a porta-voz da
UNIIIC anteontem.
Resolução do conselho dita
que todos os países-membros
da ONU devem prevenir a entrada ou o trânsito de qualquer
suspeito ou facilitar o interrogatório daqueles que já estão
dentro de seus territórios.
A comissão analisa a ligação
do atentado que matou Hariri e
outras 22 pessoas com outros
14 atentados a bomba no Líbano entre outubro de 2004 e dezembro de 2005. A apuração
apontou envolvimento de altas
autoridades libanesas e sírias,
inclusive de familiares do ditador Bashar Al Assad.
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