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Falta de kits da Aids afeta 65 mil pacientes
Repasse do material para o interior de São Paulo estava suspenso desde o final do ano passado; capital paulista segue sem o kit
Ministério da Saúde enviou 12 mil unidades de forma emergencial, mas prevê que a situação só será totalmente regularizada em abril
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Sessenta e cinco mil pacientes portadores do vírus HIV em
todo o Estado estão sendo prejudicados pela falta de distribuição do kit para exame de
carga viral, que monitora a evolução do tratamento da Aids.
Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde
deixou de repassar os kits para
o interior paulista, segundo a
Secretaria de Estado da Saúde.
Já na capital, que concentra
60% dos pacientes, o repasse
está suspenso desde janeiro.
Por mês, o Estado necessita
que a União envie 15 mil kits
para exames. Por causa da falta
do material, nenhuma nova
amostra de sangue está sendo
colhida dos pacientes cadastrados. A situação só deve se normalizar por completo em abril,
de acordo com a União.
Na sexta-feira passada, em
caráter emergencial, o Ministério da Saúde enviou 12.246 kits
para os laboratórios do Estado
credenciados a fazer o exame
de carga viral, como o Instituto
Adolfo Lutz.
De acordo com a assessoria
de imprensa da secretaria de
Estado, porém, o material enviado servirá para atender as
amostras já colhidas no ano
passado que estão congeladas
-apenas na região de Ribeirão
Preto, são 1.700 na fila.
Serviço custeado pelo SUS
(Sistema Único de Saúde), o
exame de carga viral deve ser
feito no paciente portador do
vírus pelo menos três vezes ao
ano. O procedimento permite
que o médico acompanhe a
concentração do vírus na corrente sangüínea.
Uma menor quantidade, por
exemplo, significa que o organismo do paciente tem reagido
bem ao tratamento e que o medicamento aplicado tem combatido a proliferação do vírus
HIV. O sangue do paciente pode ser colhido em qualquer unidade de saúde, que encaminha
a amostra para os laboratórios
inscritos.
Por causa da falta de material, o Estado orientou as prefeituras para que as amostras já
colhidas fossem congeladas, até
que o repasse dos kits fosse regularizado. Ainda não há prazo
para que novos exames voltem
a ser feitos.
O Ministério da Saúde, via assessoria de imprensa, informou
que para o interior o material
foi enviado na semana passada,
mas que, para a capital, o repasse só será feito em abril. Segundo o ministério, houve problemas na licitação e mudança de
fornecedores.
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