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VIOLÊNCIA
Câmera mostra homem com brasileiro
Polícia tem suspeito de crime nos EUA
da Agência Folha
O comissário-chefe da polícia de
Nova York, Howard Safir, disse
ontem que o assassinato do brasileiro João Sabóia deve ser solucionado rapidamente. A polícia já tem
um suspeito, revelado pelas câmeras de vigilância do hotel Waldorf
Astoria, local do crime.
As informações foram passadas
ao cônsul-adjunto do Brasil em
Nova York, Renan Paes Barreto.
Sabóia, 56, economista de Belém
(PA), foi encontrado morto na suíte 2.716 do hotel no sábado, às
17h30 (horário local). O Waldorf é
um dos mais luxuosos hotéis da cidade -com diárias a partir de US$
395. Sabóia foi encontrado com a
garganta cortada por um objeto
pontiagudo. A perícia diz que houve luta com o assassino (Sabóia tinha várias lesões pelo corpo).
A câmera interna captou a entrada de Sabóia no elevador, acompanhado de um homem. Eles desceram no 27º andar e foram ao quarto do brasileiro. Depois, o acompanhante saiu sozinho.
A polícia não forneceu a descrição do suspeito, nem informou
quanto tempo ele passou no quarto de Sabóia. Os investigadores
acreditam que quando ele saiu Sabóia já estava morto.
A polícia diz que o acompanhante era alguém conhecido do brasileiro. Não há sinais de coerção ou
gestos inamistosos na fita.
Sabóia fez amizade com um grupo de 18 brasileiros. Todos viajaram sexta-feira para Atlantic City
para apostar nos cassinos. Ele deixou o cassino com cerca de US$ 70
mil, segundo a polícia.
Os outros brasileiros já deixaram
o hotel. Segundo informações passadas ao consulado, apenas um homem, chamado Mário Sherer, não
foi encontrado -ele teria voltado
ao Brasil ainda no sábado.
Hoje chega a Nova York um grupo de amigos e familiares de Sabóia. Eles vão cobrar explicações
da polícia e cuidar dos detalhes do
traslado do corpo. O Waldorf ofereceu hospedagem gratuita ao grupo. A família acha que pode ter havido negligência do hotel.
Segundo o advogado Fernando
Rocha, amigo da família, é "muito
estranho ter acontecido um fato
dessa natureza em um hotel daquela categoria e ninguém ter desconfiado de nada".
O advogado Fernando Rocha
disse que a família nunca ouviu falar em Mario Sherer.
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