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ENSINO VIRTUAL
Alvos de ministério são professor sem diploma superior e profissional que busca atualização
Governo quer usar TV e apostilas em projeto de universidade a distância
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação
(MEC) apresenta na segunda-feira o projeto de criação de uma
universidade aberta no país.
A idéia é oferecer educação a
distância (sem presença física do
estudante na sala de aula) preferencialmente a professores do ensino básico sem diploma de ensino superior ou a profissionais em
busca de cursos de atualização.
O projeto será apresentado pelo
secretário Ronaldo Mota durante
o seminário nacional da Abed
(Associação Brasileira de Educação a Distância), em São Paulo.
Segundo Mota, a universidade
aberta deve utilizar a televisão no
ensino, com apoio de apostilas
-método semelhante ao Telecurso 2000, supletivo desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho. "Quem tiver acesso à internet poderá utilizá-la", diz ele.
Uma parte da carga horária será
presencial. A previsão otimista do
secretário é que a instituição comece a funcionar em 2007. As
universidades públicas, principalmente as federais, serão convidadas a participar.
Antes de definir o projeto da
universidade aberta, a secretaria
quer observar os resultados de
dois programas: a formação de
uma rede de pesquisadores de
educação a distância e a criação
de consórcios com empresas estatais (como Banco do Brasil e Petrobras) para formação de professores e de funcionários públicos.
A previsão é que os 600 pesquisadores comecem a ser selecionados, por meio de concurso, em junho. Os escolhidos devem começar a trabalhar em 1º de setembro.
Os resultados das pesquisas serão utilizadas na formação dos
consórcios. No dia 2 de maio, haverá reunião da secretaria com o
fórum de empresas estatais do
país para acertar o programa.
Ainda não há estimativa de
quantos alunos a universidade
aberta poderá atender. "Só de
professores sem diploma são um
milhão de possíveis alunos", diz.
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a partir de 2007 não poderão
ser contratados professores sem
curso de graduação.
As universidades abertas já funcionam em outros países. Na Inglaterra, por exemplo, conta com
cerca de 200 mil estudantes.
Mota afirma que praticamente
todos os cursos de graduação podem ser oferecidos de forma não-presencial. "Carreiras como medicina eu nunca vi em nenhum lugar do mundo", afirma. "Para os
outros, não há impedimento."
Enem
O Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais) prorrogou até o próximo dia
6 as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio. O prazo
acabaria ontem, mas foi ampliado
porque muitos alunos não têm
CPF, documento que passou a ser
obrigatório na inscrição.
A prova do Enem está marcada
para o dia 28 de agosto. Mais informações podem ser obtidas na
página do Inep na internet
(www.inep.gov.br).
Colaborou a Sucursal de Brasília
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