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Conselho autoriza expansão do Pátio Higienópolis
Shopping cuidará de restauro de casarão vizinho, também de sua propriedade, que vai ser um centro cultural
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conpresp (órgão municipal de proteção ao patrimônio)
autorizou o início das obras de
expansão do shopping Pátio
Higienópolis, na região central
de São Paulo. A decisão foi publicada anteontem no "Diário
Oficial" da Cidade.
Quem arcará com a construção, ainda sem custos nem prazo definidos, é o Grupo Malzoni, dono do empreendimento,
que também se responsabilizará pelo restauro do casarão de
Nhonhô Magalhães, de sua propriedade e que fica na área
de ampliação.
Novos restaurantes, lojas e
vagas de estacionamento farão
parte da extensão, que tem área
equivalente a um terço do espaço hoje ocupado pelo shopping
-que passará a 133 mil metros
quadrados. O terreno inclui o
miolo do quarteirão formado
pelas avenidas Higienópolis e
Angélica e pelas ruas Veiga Filho e Albuquerque Lins, e também a área onde está o casarão
de Nhonhô Magalhães, na esquina da Albuquerque Lins
com a avenida Higienópolis. O
imóvel passará por restauro de
fachada e interiores para se tornar um centro cultural.
Construído na década de 20,
o casarão pertenceu ao barão
do café Carlos Leôncio de Magalhães e hoje é tombado tanto
pelo município quanto pelo Estado. Antiga sede da Secretaria
da Segurança Pública, ele foi
adquirido em 2005 pelo Grupo
Malzoni, já para integrá-lo à expansão. Segundo o presidente
do Conpresp, José Lefèvre, o
canteiro de obras vizinho ao casarão -onde ontem circulavam
guindastes e o solo era escavado- não danificará a estrutura
do imóvel.
Para Edison Farah, presidente da ONG Bairro Vivo, que
congrega moradores da região,
o shopping piorou a qualidade
de vida local. "Eu continuo
achando que [a construção do
shopping] foi um horror e que
destruiu o bairro", diz. "Agora
aumentar ou diminuir não vai
alterar grandes coisas. Continuam o trânsito, o barulho."
Quando o empreendimento
foi construído, no final da década de 90, os moradores entraram na Justiça para impedir
que fosse levado adiante.
O presidente do Conpresp,
no entanto, diz que desta vez
recebeu manifestações de
apoio, já que a área demolida
era repleta de "construções esquisitas" que serviam à Secretaria da Segurança Pública.
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