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Bioinseticida contra dengue será produzido por Fiocruz e empresa
Expectativa é que o produto, que combate larvas do mosquito, chegue ao mercado em dois anos
PEDRO SOARES
DO RIO
Após dez anos de estudos,
a Fiocruz anunciou ontem a
transferência de tecnologia
desenvolvida pelo instituto a
uma empresa privada para a
fabricação de bioinseticidas
para o combate às larvas do
mosquito da dengue e de outras doenças tropicais.
A expectativa é que o produto chegue ao mercado daqui a dois anos.
O convênio foi assinado
com a BR3, empresa abrigada na incubadora da USP que
vai produzir em escala comercial o produto. A companhia foi escolhida por meio
de licitação e pretende investir, ao menos, R$ 2 milhões
até o lançamento do bioinseticida no mercado.
Produzido a partir de bactérias encontradas no solo
brasileiro, o bioinseticida pode ser aplicado em caixas
d'água, cisternas, lagos, reservatórios e até pequenos
recipientes domésticos capazes de acumular água parada
-ambiente no qual as larvas
se proliferam.
"Ele tem um impacto ambiental muito menor que os
produtos químicos usados
atualmente", diz Elisabeth
Gomes Sanchez, pesquisadora da Fiocruz que coordena o
projeto. Outra vantagem em
relação aos produtos químicos, diz, é que o bioinseticida
não ataca os predadores naturais das larvas, o que potencializa sua ação.
Segundo a pesquisadora
da Fiocruz, o produto permanece agindo contra as larvas
do mosquito da dengue durante 25 dias, em média. O
bioinseticida atua ainda no
combate dos vetores da malária e da filariose, também
transmitidas por mosquitos.
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