São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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Bioinseticida contra dengue será produzido por Fiocruz e empresa

Expectativa é que o produto, que combate larvas do mosquito, chegue ao mercado em dois anos

PEDRO SOARES
DO RIO

Após dez anos de estudos, a Fiocruz anunciou ontem a transferência de tecnologia desenvolvida pelo instituto a uma empresa privada para a fabricação de bioinseticidas para o combate às larvas do mosquito da dengue e de outras doenças tropicais.
A expectativa é que o produto chegue ao mercado daqui a dois anos.
O convênio foi assinado com a BR3, empresa abrigada na incubadora da USP que vai produzir em escala comercial o produto. A companhia foi escolhida por meio de licitação e pretende investir, ao menos, R$ 2 milhões até o lançamento do bioinseticida no mercado.
Produzido a partir de bactérias encontradas no solo brasileiro, o bioinseticida pode ser aplicado em caixas d'água, cisternas, lagos, reservatórios e até pequenos recipientes domésticos capazes de acumular água parada -ambiente no qual as larvas se proliferam.
"Ele tem um impacto ambiental muito menor que os produtos químicos usados atualmente", diz Elisabeth Gomes Sanchez, pesquisadora da Fiocruz que coordena o projeto. Outra vantagem em relação aos produtos químicos, diz, é que o bioinseticida não ataca os predadores naturais das larvas, o que potencializa sua ação.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz, o produto permanece agindo contra as larvas do mosquito da dengue durante 25 dias, em média. O bioinseticida atua ainda no combate dos vetores da malária e da filariose, também transmitidas por mosquitos.


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