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São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2003

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SAÚDE

Não foi detectado vírus nos exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz; análise de caso de Sorocaba está na reta final

Suspeita de Sars em jornalista é descartada

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A jornalista inglesa Sally Blower, 41, não foi contaminada pelo vírus da Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave), conforme informou o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, que fez as análises.
A informação foi divulgada no fim da noite pelo secretário de Estado da Saúde, Luiz Barradas Barata. Com isso, a secretaria descartou definitivamente o caso, que desde abril era considerado como uma suspeita da doença.
Após três análises sucessivas por meio de cultura não apareceram vírus. Ainda resta saber o resultado final da análise do outro caso suspeito, o de uma criança moradora de Sorocaba, interior de São Paulo. Os exames estão na reta final, informou a assessoria do secretário.
Na análise por meio de cultura são fornecidas artificialmente em laboratório condições para proliferação do agente causador da doença. O exame foi feito a partir de secreção colhida na garganta da jornalista, que esteve no país para o GP Brasil de F-1 e foi internada no hospital Albert Einstein.
O Brasil, apesar de aparecer na lista da OMS (Organização Mundial da Saúde) com dois casos suspeitos, foi retirado recentemente do mapa de casos prováveis da organização. Casos prováveis são aqueles que têm uma radiografia compatível com a doença.

Novas normas
As companhias aéreas são obrigadas desde agora a veicular em todos os vôos, domésticos e internacionais, informes sonoros com alerta sobre a Sars. Durante as viagens, as empresas de transporte aéreo, marítimo e rodoviário internacional devem distribuir para todos os passageiros a ficha de declaração de saúde do viajante.
Na ficha, a pessoa registra o local onde ela poderá ser encontrada até 14 dias após o desembarque, se apresentou sintomas da pneumonia atípica nos últimos dez dias, em quais países esteve neste período, se manteve contato com pacientes que contraíram a doença e o número do assento em que viajou. O objetivo é permitir a localização do passageiro se for registrado caso suspeito da doença entre os que viajaram com ele.
Essas medidas estão previstas em duas resoluções (106 e 107) da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicadas ontem no "Diário Oficial" da União.
Antes, a ficha era distribuída no momento do desembarque aos passageiros vindos de países onde há registro de pneumonia atípica.
A Anvisa instalou balcões de atendimento exclusivo para esses casos nos 24 aeroportos do país com vôos regulares internacionais. Com isso, o passageiro só será liberado depois de apresentar à Polícia Federal o carimbo da Vigilância Sanitária comprovando a entrega do documento.
As empresas que descumprirem essas resoluções podem receber desde uma advertência até multas, que variam de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão. (FABIANE LEITE E LUCIANA CONSTANTINO)


Mais informações podem ser obtidas no site www.anvisa.gov.br


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