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SAÚDE
Não foi detectado vírus nos exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz; análise de caso de Sorocaba está na reta final
Suspeita de Sars em jornalista é descartada
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A jornalista inglesa Sally Blower,
41, não foi contaminada pelo vírus da Sars (sigla em inglês para
síndrome respiratória aguda grave), conforme informou o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, que
fez as análises.
A informação foi divulgada no
fim da noite pelo secretário de Estado da Saúde, Luiz Barradas Barata. Com isso, a secretaria descartou definitivamente o caso,
que desde abril era considerado
como uma suspeita da doença.
Após três análises sucessivas
por meio de cultura não apareceram vírus. Ainda resta saber o resultado final da análise do outro
caso suspeito, o de uma criança
moradora de Sorocaba, interior
de São Paulo. Os exames estão na
reta final, informou a assessoria
do secretário.
Na análise por meio de cultura
são fornecidas artificialmente em
laboratório condições para proliferação do agente causador da
doença. O exame foi feito a partir
de secreção colhida na garganta
da jornalista, que esteve no país
para o GP Brasil de F-1 e foi internada no hospital Albert Einstein.
O Brasil, apesar de aparecer na
lista da OMS (Organização Mundial da Saúde) com dois casos suspeitos, foi retirado recentemente
do mapa de casos prováveis da organização. Casos prováveis são
aqueles que têm uma radiografia
compatível com a doença.
Novas normas
As companhias aéreas são obrigadas desde agora a veicular em
todos os vôos, domésticos e internacionais, informes sonoros com
alerta sobre a Sars. Durante as viagens, as empresas de transporte
aéreo, marítimo e rodoviário internacional devem distribuir para
todos os passageiros a ficha de declaração de saúde do viajante.
Na ficha, a pessoa registra o local onde ela poderá ser encontrada até 14 dias após o desembarque, se apresentou sintomas da
pneumonia atípica nos últimos
dez dias, em quais países esteve
neste período, se manteve contato
com pacientes que contraíram a
doença e o número do assento em
que viajou. O objetivo é permitir a
localização do passageiro se for
registrado caso suspeito da doença entre os que viajaram com ele.
Essas medidas estão previstas
em duas resoluções (106 e 107) da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicadas ontem no "Diário Oficial" da União.
Antes, a ficha era distribuída no
momento do desembarque aos
passageiros vindos de países onde
há registro de pneumonia atípica.
A Anvisa instalou balcões de
atendimento exclusivo para esses
casos nos 24 aeroportos do país
com vôos regulares internacionais. Com isso, o passageiro só será liberado depois de apresentar à
Polícia Federal o carimbo da Vigilância Sanitária comprovando a
entrega do documento.
As empresas que descumprirem essas resoluções podem receber desde uma advertência até
multas, que variam de R$ 2.000 a
R$ 1,5 milhão.
(FABIANE LEITE E LUCIANA CONSTANTINO)
Mais informações podem ser obtidas no
site www.anvisa.gov.br
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