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Só 7 escolas estaduais são de 1º mundo
Baixo desempenho da rede de 5.183 colégios foi apontado no Idesp, índice do próprio governo paulista
Para secretária, nível é baixo porque primeiro buscou-se pôr todos na escola; sindicato dos professores aponta más condições de trabalho
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Somente sete das 5.183 escolas estaduais paulistas possuem
qualidade de ensino equivalente à média de países desenvolvidos, segundo dados da própria Secretaria da Educação.
Nenhum colégio de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental
atingiu o patamar. Das sete que
alcançaram, duas são do ensino
médio e cinco de 5ª a 8ª séries.
O desempenho foi apontado
no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), apresentado
ontem pela gestão José Serra
(PSDB), que será utilizado para
verificar a qualidade de ensino
das escolas. A intenção do governo é que os dados sirvam para que os pais acompanhem a
evolução do colégio de seus filhos. Também serão utilizados
como critério para bônus aos
educadores -as secretarias da
Fazenda, Planejamento e Gestão ainda definirão as outras
variáveis.
O Idesp considera dois fatores: o desempenho dos estudantes em uma prova (o Saresp,
do próprio governo) e o tempo
que os estudantes demoram
para se formar em um ciclo
(fluxo escolar). A escala vai de
zero a dez.
Além da criação do indicador, a secretaria estabeleceu
metas para cada nível de ensino, para cada escola. Há objetivos a serem alcançados anualmente, mas a intenção é que em
2030 a rede esteja com patamares semelhantes aos países da
OCDE (entidade que reúne os
países desenvolvidos, como
Alemanha e Finlândia).
Se estivessem na escala do
Idesp, os membros da OCDE
teriam média 7 para os primeiros quatro anos do fundamental; 6 para os anos finais desta
etapa; e 5 para o ensino médio.
Hoje, apenas sete escolas do
Estado estão nesses patamares.
As melhores no ensino médio segundo o Idesp -e que já
estão no nível de países desenvolvidos- são: Papa João 6º, de
Santo André (Grande São Paulo), com índice de 6,21, e Baptista Docli, em Dolcinópolis (599
km de São Paulo), que obteve
5,39. As médias na rede são
3,23 (1ª a 4ª); 2,54 (5ª a 8ª); e
1,41 (ensino médio).
Para a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães
de Castro, a qualidade na rede é
baixa "porque nos últimos anos
buscou-se colocar todos os alunos na escola; agora, é preciso
trabalhar a qualidade".
Já a Apeoesp (sindicato dos
professores) atribui o baixo desempenho às más condições de
trabalho, como salas superlotadas e salários baixos.
Confira o desempenho das escolas na Folha Online
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