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RAUL CILENTO (1922-2010)
Um ex-presidente da Federação Paulista de Tênis
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A diversão de Raul Cilento
ficava ao lado do trabalho. Na
época em que ele foi funcionário das indústrias Matarazzo, em São Paulo, começou a
jogar tênis num clube próximo do serviço, o Palmeiras.
Com o tempo, integrou a diretoria do clube, até conhecer
um colega que o convidou a
trabalhar na Federação Paulista de Tênis, onde ficou por
30 anos, conta a filha Silvia.
O esporte foi a grande paixão de sua vida. De 1994 a
2004, ele presidiu a federação. Sob sua gestão, a entidade conseguiu com o governo
do Estado um terreno no parque do Ibirapuera, onde a sede do órgão foi construída.
Segundo a filha, Raul fez
quadras voltadas para deficientes físicos e crianças portadoras de síndrome de
Down. Além disso, diz ela, o
pai se preocupava em tornar o
tênis menos elitizado, levando-o para os mais pobres.
Raul, que jogou muito tempo no Clube Pinheiros, encostou sua raquete aos 60 e poucos anos, porque a coluna já
não mais colaborava. Da federação, que acabou se mudando do Ibirapuera, ele saiu aos
82, mas continuava acompanhando as novidades da área.
Ficava feliz, por exemplo,
quando a filha lhe contava
que novas quadras seriam
construídas em São Paulo.
Em 2005, ficou viúvo, mas
se casou de novo -com direito à lua de mel-, e foi morar
com a mulher, em Santos.
Ultimamente, sofria de Alzheimer e morreu na terça,
aos 88. Teve dois filhos, quatro netos e uma bisneta. No
enterro, a bandeira da federação esteve sobre seu caixão.
coluna.obituario@uol.com.br
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