São Paulo, domingo, 16 de maio de 2010

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RAUL CILENTO (1922-2010)

Um ex-presidente da Federação Paulista de Tênis

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A diversão de Raul Cilento ficava ao lado do trabalho. Na época em que ele foi funcionário das indústrias Matarazzo, em São Paulo, começou a jogar tênis num clube próximo do serviço, o Palmeiras.
Com o tempo, integrou a diretoria do clube, até conhecer um colega que o convidou a trabalhar na Federação Paulista de Tênis, onde ficou por 30 anos, conta a filha Silvia.
O esporte foi a grande paixão de sua vida. De 1994 a 2004, ele presidiu a federação. Sob sua gestão, a entidade conseguiu com o governo do Estado um terreno no parque do Ibirapuera, onde a sede do órgão foi construída. Segundo a filha, Raul fez quadras voltadas para deficientes físicos e crianças portadoras de síndrome de Down. Além disso, diz ela, o pai se preocupava em tornar o tênis menos elitizado, levando-o para os mais pobres.
Raul, que jogou muito tempo no Clube Pinheiros, encostou sua raquete aos 60 e poucos anos, porque a coluna já não mais colaborava. Da federação, que acabou se mudando do Ibirapuera, ele saiu aos 82, mas continuava acompanhando as novidades da área.
Ficava feliz, por exemplo, quando a filha lhe contava que novas quadras seriam construídas em São Paulo.
Em 2005, ficou viúvo, mas se casou de novo -com direito à lua de mel-, e foi morar com a mulher, em Santos.
Ultimamente, sofria de Alzheimer e morreu na terça, aos 88. Teve dois filhos, quatro netos e uma bisneta. No enterro, a bandeira da federação esteve sobre seu caixão.

coluna.obituario@uol.com.br


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