São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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memória

Escândalo dos fiscais envolveu vereadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é a primeira vez que a administração da região da Sé aparece em escândalos ligados a propina.
Em dezembro de 1998, na gestão de Celso Pitta, o setor do Ministério Público responsável pelo combate ao crime organizado deu início a uma das maiores investigações sobre corrupção nas administrações regionais, órgãos que antecederam as subprefeituras. Foi o escândalo conhecido como a máfia dos fiscais.
Mais de 80 pessoas foram presas. Um vereador, Vicente Viscome, foi condenado em 1999 a 16 anos de prisão, depois reduzida para 12 anos, sob acusação de comandar um esquema de arrecadação de propina na região da Penha, na zona leste de São Paulo. Em 2005, ele foi libertado.
Um fiscal de Pinheiros, zona oeste, foi detido com mais de R$ 15 mil no porta-malas do carro. A polícia descobriu que os fiscais de Sé cobravam propina dos camelôs todo mês. Um ambulante contou à época que arrecadava mensalmente R$ 30 mil -metade do valor ia para o bolso dos fiscais, segundo ele, e a outra metade ficava com a associação da categoria.
Foram indiciados pela polícia mais de cem pessoas, entre as quais dois vereadores: José Izar e Maeli Vergniano.
A investigação teve início quando a professora Soraia da Silva, dona de uma academia de ginástica, contou que sofrera uma tentativa de extorsão por parte de um fiscal de Pinheiros. O tal fiscal, engenheiro Marco Antônio Zeppini, foi preso em flagrante quando ia pegar a propina. (MCC)


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