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SP terá primeiro hospital só de UTIs do país
Unifesp construirá uma unidade exclusiva para atendimento de traumatismos graves
EVANDRO SPINELLI
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O futuro bairro universitário de São Paulo, na Vila Clementino (zona sul de SP), terá o primeiro hospital do país
para atendimento exclusivo
de urgência de traumatismos
graves em UTIs.
"Muitos países têm e no
Brasil não existe isso. Nós vamos criar o primeiro hospital
desse tipo aqui, em parceria
com prefeitura, Estado e governo federal", disse o reitor
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Walter
Manna Albertoni.
A Unifesp vai construir
cinco prédios na região onde
hoje já fica o campus da instituição, um investimento total de R$ 120 milhões para os
próximos cinco anos.
Só neste ano já foram gastos R$ 18 milhões para a compra de um prédio e outros R$
4 milhões serão usados na
adaptação do imóvel.
ADAPTAÇÃO
Um dos edifícios construídos deve ser adaptado para o
novo hospital equipado exclusivamente com UTIs, onde, segundo Walter Albertoni, a arquitetura do imóvel
será preparada para atendimentos de urgência de traumatismos graves.
De acordo com ele, a ambulância entra no prédio e estaciona em área bem próxima à UTI, para agilizar o
atendimento. E, quando o paciente não precisa mais da terapia intensiva, ele é transferido para outro hospital.
"Vivemos praticamente
uma catástrofe permanente
em São Paulo, com as motos
e as armas [de fogo]. E se
acontece uma catástrofe como a de um avião cair em
Moema, precisamos ter um
hospital preparado para isso", afirmou o reitor, lembrando do acidente com o
avião da TAM em Congonhas
em julho de 2007.
O projeto para o bairro universitário foi apresentado ontem na Unifesp. A maior parte das obras ficará a cargo da
própria universidade. A prefeitura fará apenas a reforma
de calçadas nas ruas Pedro
de Toledo e Borges Lagoa.
Hoje, a Unifesp usa 250 casas em todo o bairro, que serão desativadas e, na maioria
dos casos, demolidas para a
construção de praças e áreas
verdes. Alguns desses imóveis serão desapropriados
pela universidade.
A Unifesp pretende disponibilizar também, em todo o
bairro, uma rede de internet
sem fio para os moradores.
Não há prazo para a conclusão das obras. "O mais importante não é o prazo, é o ritmo: começamos agora e não
podemos parar mais", disse
o reitor.
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