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Base aliada racha e não vota criação de subprefeituras
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Desentendimentos entre
vereadores da base aliada,
sobretudo os do PMDB, impediram ontem a votação na
Câmara paulistana do projeto que cria as subprefeituras.
Na semana passada, os vereadores fizeram acordo para votar ainda neste mês o
projeto. No meio da tarde de
ontem, divergências sobre
alguns pontos, como a divisão dos distritos nas unidades administrativas, dividiram as opiniões dos aliados.
Outro ponto polêmico é o
conselho de representantes.
A idéia defendida pelo Executivo é que cada subprefeitura tenha o trabalho acompanhado e fiscalizado por
um conselho, que seria criado por iniciativa da Câmara.
Mas a proposta não agrada
aos vereadores, que temem
perder poder em suas áreas
de influência. "Sou contra o
conselho desde o primeiro
momento porque acho que
ele vai tirar o papel do vereador", disse Antônio Carlos
Rodrigues, líder do PL.
Há quatro propostas de
modificação para o projeto
tramitando da Casa. Além
disso, a prefeita Marta Suplicy (PT) deve enviar um
novo texto à Câmara com algumas modificações.
Segundo a vereadora
Myryam Athie (PMDB), o
governo está pressionando
os aliados a votarem os projetos do Executivo. "Só quero votar em agosto. Eles estão fazendo pressão política,
dizem que, se a base votar,
vai ter espaço no governo."
O líder do governo, José
Mentor (PT), nega a pressão.
"Desconheço isso, estamos
trabalhando para votar os
projetos em julho, o método
é o do convencimento."
Para o projeto ser votado
neste mês, ele deve ser apreciado em primeira votação
ainda hoje e em segunda votação na quinta, dia em que
os aliados pretendem votar a
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2003.
Pela Lei Orgânica do Município, a Câmara encerra os
trabalhos do semestre assim
que a LDO for aprovada.
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