DA REPORTAGEM LOCAL

Os marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fizeram ontem um protesto em São Paulo e ameaçam decretar greve geral para reivindicar aumento salarial.
O sindicato que representa a categoria pediu ontem que os funcionários fossem doar sangue nos hospitais da capital paulista, deixassem de trabalhar e de aplicar multas de trânsito, como forma de pressão por um reajuste próximo de 22% -sendo 4% devidos desde janeiro e 17,69% de agora. A CET oferece os 4% e mais 5%.
O presidente do sindicato, Luiz Antônio de Queiroz, afirmou que "a paralisação foi um sucesso e atingiu mais de metade" dos 3.800 trabalhadores da empresa. A área mais afetada, segundo ele, foi a zona leste, onde, do total de cem marronzinhos do turno da manhã, só 11 teriam ido trabalhar.
A CET nega a informação e diz que "foram mantidas as condições de segurança e fluidez do trânsito". Segundo nota da companhia, "a maioria dos funcionários compareceu ao trabalho e as principais atividades de monitoração do trânsito foram executadas dentro da normalidade". As médias de congestionamento ficaram abaixo do normal e não houve confusão no trânsito. O pico de lentidão foi de 73 km, às 19h. O recorde do ano é de 174 km.
Queiroz afirmou que a categoria vai se reunir amanhã, às 19h, na sede do sindicato dos metroviários, para decidir que medida adotar caso não haja novas propostas da CET. "A possibilidade de greve é real", disse.


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