da Reportagem Local

As entidades estudantis organizadoras da campanha de desarmamento "Eu sou da paz" realizaram ontem um ato contra a violência em frente ao antigo bar Bodega, em Moema (zona sudoeste de São Paulo).
Nesse bar ocorreram, no dia 10 de agosto de 1996, as mortes do dentista José Renato Tahan e da estudante de odontologia Adriana Ciola em consequência de um assalto. Os donos do estabelecimento resolveram fechá-lo após o crime.
Representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE (União Estadual dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) -organizadoras, juntamente com o Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, do movimento- desenharam o contorno de dois corpos em frente ao bar -referência às pessoas mortas no bar.
Foi desenhado também o símbolo do movimento -uma pomba, que pode ser representada com as duas mãos.
"Iremos deixar a marca da campanha em todos os locais onde ocorreram crimes de repercussão nacional, como as chacinas de Vigário Geral e da Candelária, no Rio, e o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará", disse o presidente da UNE, Ricardo Cappelli.
Na segunda-feira, haverá o lançamento do comitê nacional da campanha, na rua Vergueiro, 2.485 (centro de São Paulo).
(ANDRÉ LOZANO)