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Pego com droga, jovem faz serviço de digitação
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde o começo do ano,
duas vezes por semana,
Caio, 24, vai até a Central de
Reabilitação, no Brás, e trabalha no setor de digitação.
Colabora com relatórios, encaminhamentos e, como conhece computadores, ajuda
no setor de informática. Um
trabalho comum a não ser
por um pequeno detalhe:
Caio não recebe por seu trabalho. Ele é um prestador de
serviços à comunidade.
Condenado a uma pena
restritiva de direito -as penas alternativas-, por porte
de drogas, Caio terminará de
cumpri-la na semana que
vem. Ele é um dos cerca de
22 mil condenados a penas
alternativas no país, um universo formado, em sua
maioria, por homens de 18 a
35 anos e com ensino fundamental incompleto.
Seu tipo de infração, uso
de droga, é um dos mais comuns, representando cerca
de 30% das penas aplicadas.
Outros 30% são por furto,
20% são por porte ilegal de
arma e 14%, por lesão corporal. Existe ainda uma pequena porcentagem de homicídio culposo (sem intenção).
Devido à sua eficácia, a
prestação de serviços é a pena alternativa mais utilizada
(68%). "Proporciona a reinserção social do infrator e
mostra para o condenado
que ele está sendo punido",
afirma o advogado Fernando Castelo Branco.
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