São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alunos da Belas Artes da UFRJ e Exército restauram igreja do século 18 no Rio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Construída no século 18 pela ordem dos padres franciscanos, a igreja de Bom Jesus da Coluna foi reaberta ontem, no Rio, após a conclusão do projeto de restauração iniciado em janeiro.
A igreja ficava em um terreno pertencente ao Exército na Ilha do Bom Jesus, uma das nove que foram aterradas para a construção da cidade universitária, na Ilha do Fundão. O templo foi recuperado a partir de uma parceria entre a Funceb (Fundação Cultural do Exército Brasileiro) e a Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O BNDES investiu R$ 1,4 milhão na obra.
A supervisão técnica ficou a cargo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional), que cuidou para que as intervenções realizadas pela equipe de restauro não alterassem os elementos arquitetônicos e decorativos originais. Tombada em 1964, a igreja é um marco da arquitetura colonial no Rio.
"A obra da igreja mobilizou cerca de 30 pessoas, entre restauradores e construtores civis", disse Eduardo Ferran, engenheiro da obra. A restauração revelou detalhes escondidos pelo tempo e pelas má preservação do templo. No portal foi encontrada uma inscrição que indica o ano em que, possivelmente, a igreja foi inaugurada: 1703. Também foi descoberto um arco que dá passagem para a nave .
Durante as obras, foi ministrado um curso de restauro em madeira a alunos de graduação da Escola de Belas Artes. "O Exército propôs que a escola participasse da restauração, oferecendo um curso de extensão, ou seja, aberto à comunidade, do qual também fariam parte alguns militares. O Exército tem vários museus e, assim, ele passaria a ter pessoas capazes de auxiliar na conservação das obras de arte", disse o professor Carlos Terra, que coordenou o curso.
A partir de agora, a igreja de Bom Jesus da Coluna será aberta à visitação pública. Responsável pela igreja, o capelão militar, padre Lindemberg, declarou que está "felicíssimo por poder entregar esse patrimônio histórico, militar e religioso à cidade do Rio de Janeiro e ao Brasil".


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: São Paulo: TJ cria juizado para aplicação exclusiva da Lei Maria da Penha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.