São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Jovens de classe média roubam em clube

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Cinco adolescentes foram apreendidos anteontem em flagrante acusados de roubar frequentadores de uma festa matinê que ocorreu na Recreativa, clube da elite de Ribeirão Preto (313 km de SP).
Segundo a polícia, duas vítimas registraram boletim de ocorrência e relataram que tiveram correntes de ouro e óculos de sol roubados.
Um cozinheiro, de 18 anos, disse à Folha que os adolescentes que o roubaram são de classe média. "Na delegacia os pais deles conversaram comigo, me pediram desculpa. Disseram que eles não precisavam roubar."
O rapaz conta que foi cercado pelos garotos, que pegaram seus óculos e puxaram a corrente de ouro de seu pescoço. Quando tentou reagir, recebeu chutes e socos.
Angela Favaretto, 48, mãe de uma jovem que teve duas correntinhas de ouro roubadas, está indignada. Segundo ela, houve falha na segurança. Por isso, ela processará a organização da festa.
Os adolescentes foram encaminhados ao NAI (Núcleo de Atendimento Integrado) e ficarão à disposição da Vara da Infância e Juventude. Procurados, os pais de quatro jovens não foram encontrados. A mãe de um deles não quis falar com a Folha.
De janeiro a junho, a Diju (Delegacia da Infância e Juventude) de Ribeirão registrou 343 ocorrências. Dessas, 42 foram roubos. O tráfico de drogas é o delito mais cometido, com 184 casos.
Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas Exemplares da USP, afirma que os jovens de classe média têm se envolvido mais em crimes. "Para eles, cometer um delito é como dar sentido à existência, que tem o objetivo principal de enriquecer."


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Foco: Umidade relativa do ar atinge níveis de deserto em Brasília
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.