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Exame tinha reprovado PM do caso Cleucy
da Sucursal de Brasília
O tenente da PM Paulo César
Cury foi reprovado no exame psicotécnico quando prestou concurso para o curso de formação de oficias da instituição. Ele foi preso na
sexta-feira à noite acusado de fornecer equipamentos de comunicação e coletes à prova de bala aos
sequestradores de Cleucy Meirelles de Oliveira, 12, filha do deputado distrital Luiz Estevão.
A menina foi libertada na madrugada de sexta-feira pelo Grupo
de Repressão a Sequestro da Polícia Civil. Na operação, um dos sequestradores, Claudione Alves de
Faria, foi morto.
O líder dos sequestradores era o
tenente da PM Osmarinho Cardoso da Silva, que também foi reprovado no psicotécnico. De acordo
com o relações-públicas da PM, tenente-coronel João Coelho Vítola,
tanto Osmarinho quanto Cury só
permaneceram na PM por meio de
liminares. Eles entraram com
ações na Justiça afirmando que os
critérios de avaliação no exame
eram "subjetivos".
Delegados da Polícia Civil estiveram durante a tarde de ontem na
casa do deputado Luiz Estevão para tomar o depoimento de sua filha, Cleucy. Eles chegaram às 15h e
até o fechamento desta edição não
haviam saído. A professora de caratê da menina chegou às 17h20 e
foi dispensada em seguida. Ela não
quis se identificar.
Luiz Estevão esteve no Palácio do
Planalto ontem pela manhã, onde
foi recebido pelo secretário-geral
da Presidência, Eduardo Jorge. Estevão foi agradecer o empenho e a
solidariedade durante o sequestro.
O deputado visitou também o ministro da Justiça, Iris Rezende, e o
governador do Distrito Federal,
Cristovam Buarque.
Desmilitarização
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, defendeu
ontem a desmilitarização da PM
durante debate sobre administração pública e corrupção.
Segundo ele, o papel militarizado foi enfatizado durante o governo militar e, hoje, têm ocorrido
episódios "graves" de violação de
direitos humanos e de promiscuidade da PM com o crime.
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