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TRÁFICO
Carga encontrada em cais do Rio conteria maconha, haxixe, 'crackonha' e skunk, avaliados em R$ 920 mil
PM acha contêiner com 50 kg de drogas
da Sucursal do Rio
Um contêiner com 50 kg de drogas foi encontrado ontem por policiais militares num cais na ilha do
Fundão (zona norte do Rio). Segundo a Polícia Militar, a droga
veio de navio de Santos (72 km a
sudeste de São Paulo).
Um bilhete deixado no contêiner
descrevia a carga como maconha,
haxixe, "crackonha" (possível
mistura de crack e maconha) e
skunk (maconha prensada e concentrada em laboratório).
O mesmo bilhete avaliava a droga em aproximadamente R$ 920
mil e dizia que ela deveria ser entregue ao traficante "Magno da
Mangueira".
Magno Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira, é
apontado pela polícia como o
maior traficante do Rio. Controlaria o tráfico no morro da Mangueira (zona norte) e em outras 30 favelas da cidade.
Apreensão
A apreensão aconteceu de manhã cedo, numa área próxima à
empresa Superpesa, de transporte
de cargas.
Um Fiat vermelho acabara de
chegar ao local e era utilizado para
fazer a retirada da droga.
O motorista do Fiat, João Luiz
Rangel Santana, foi preso e levado
para a 37ª Delegacia Policial (Ilha
do Governador). Francisco de Assis, funcionário da Superpesa encarregado da guarda do cais, foi
preso e liberado.
O coronel Paulo Cardoso, do 17º
BPM (Batalhão de Polícia Militar),
na Ilha do Governador, disse que
sua equipe investigava havia 90
dias a rota marítima de transporte
de drogas entre Santos e Rio de Janeiro.
Uma pista de um informante levou à apreensão da droga. Segundo o coronel, a carga veio de Santos em um navio de grande porte e
dele foi retirada em pequenos barcos saídos do bairro do Caju (zona
portuária do Rio).
"A fiscalização da baía da Guanabara, porém, não é competência
nossa. Aí é com a Marinha, a Polícia Federal, sei lá. O bilhete dizia
que aquele cais era o ponto D, já
desativado. Temos que encontrar
os pontos A, B e C", afirmou o coronel.
Ramificações
A polícia quer encontrar novas
ramificações da rota de drogas originária de Santos, que funciona,
segundo Paulo Cardoso, há pelo
menos cinco anos.
A carga apreendida no cais foi
enviada ao ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Eboli) para ser
periciada. O resultado não havia
sido divulgado até o final da tarde
de ontem.
A empresa Superpesa divulgou
um comunicado afirmando não
ter conhecimento dos fatos, que
teriam acontecido fora de suas dependências e num local abandonado.
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