São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Países vizinhos dizem conduzir investigação

DA SUCURSAL DO RIO

O embaixador uruguaio no Brasil, Pedro Vaz, afirmou que, em 2006, o Ministério da Defesa do país abriu investigação sobre a suspeita de envolvimento de militares e policiais da tríplice fronteira (Argentina,Uruguai e Paraguai) no desvio de armamento para organizações criminosas brasileiras.
Vaz diz que a investigação ainda não foi concluída. Ele afirmou que, desde a criação da Comissão Especial de Investigação do Comércio Ilegal de Armas na Fronteira, pelo menos quatro reuniões aconteceram.
Segundo o diplomata, a troca de informações entre os dois países é constante.
Já a embaixada da Argentina afirmou que dois diplomatas, o ministro da embaixada no Brasil, Agustin Molina, e o secretário, Mariano Jordan, participaram de todas as reuniões da Comissão que tratam do tema. De acordo com a embaixada, a Argentina troca informações com o governo brasileiro por meio dos ministérios da Defesa e do Interior e de organismos de inteligência.
A representação afirmou que até hoje não foi encontrada prova concreta da participação de militares e policiais argentinos no tráfico de armas para o Brasil.
A representação diplomática da Bolívia no Brasil disse que existe um mecanismo político diplomático bilateral entre os dois países, o Comitê de Fronteira, que discute questões fronteiriças.
Segundo o país, Brasil e Bolívia usam esse mecanismo com freqüência e foi criada também uma comissão para analisar o tráfico de armas e drogas na fronteira.
Os diplomatas disseram que têm conhecimento da investigação da PF sobre as metralhadoras calibre ponto 30 bolivianas negociadas por criminosos brasileiros e aguardam desdobramentos.
Questionada sobre a participação do Paraguai na Comissão, a embaixada paraguaia respondeu, por e-mail, que o representante do governo paraguaio que integra a Comissão Especial sobre o Comércio Ilegal de Armas é o diretor da DIMABEL (Direccion de Material Bélico), coronel Francisco Evelio Caballero Morán. Procurado pela reportagem, o militar não foi encontrado.


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