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Pós-graduação da USP melhora em exame
19 programas entraram nos níveis máximos de qualidade, diz avaliação do governo federal; outros 8 saíram
Universidade afirma que o resultado geral
foi "satisfatório",
mas que a instituição ainda precisa melhorar
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Dezenove programas de
pós-graduação da USP entraram nos patamares máximos
de qualidade, aponta a última avaliação federal. Com isso, a proporção de cursos da
escola no nível de excelência
subiu de 27% para 33%.
Por outro lado, oito programas da instituição saíram
dos patamares máximos,
mas ainda podem recorrer.
A avaliação, feita pela Capes (braço do Ministério da
Educação), foi divulgada anteontem. Mestrados e doutorados com notas 6 e 7 (máximas) recebem mais recursos
para pesquisa e maior autonomia para gerir a verba.
O exame considera períodos trienais (o último de 2007
a 2009). Subiram de nota cursos de agronomia, engenharia e educação, por exemplo.
O pró-reitor de pós-graduação da universidade, Vahan Agopyan, afirma que o
resultado geral foi "satisfatório", mas que a instituição
ainda precisa melhorar, principalmente para aumentar
sua inserção internacional.
Para isso, diz o pró-reitor,
a USP vai criar uma autoavaliação, aumentar a ajuda da
reitoria aos programas e procurar participar mais de pesquisas internacionais.
Responsável pelo programa de química analítica em
São Carlos, que deu o maior
salto da USP (nota 5 para 7),
Éder Cavalheiro diz que a melhora ocorreu devido à fusão
com o curso de físico-química, o que ampliou a oferta de
disciplinas aos alunos.
Especializado em medição
de produção científica, Rogerio Meneghini afirma que a
USP tem "cerca de dez departamentos comparáveis aos
melhores do mundo". Ele
diz, porém, que o aumento
de cursos 6 e 7, "estatisticamente, não foi significativo".
AVALIAÇÃO NACIONAL
A avaliação aponta que subiu de 237 para 298 o número
de cursos 6 e 7 no Brasil.
Segundo Renato Janine Ribeiro, ex-diretor da Capes, a
proporção de cursos no país
nas notas 3, 4 e 5-6-7 não costuma ter grande variação entre as avaliações, pois a metodologia usada tende a distribuir um terço dos programas em cada patamar.
Janine Ribeiro diz que o
método permite que, "em vez
de definir previamente os padrões de cada nota, os estabeleça em razão do desempenho constatado" no período.
Para ele, "a avaliação é peça-chave" para melhorar.
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