São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Pós-graduação da USP melhora em exame

19 programas entraram nos níveis máximos de qualidade, diz avaliação do governo federal; outros 8 saíram

Universidade afirma que o resultado geral foi "satisfatório", mas que a instituição ainda precisa melhorar

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

Dezenove programas de pós-graduação da USP entraram nos patamares máximos de qualidade, aponta a última avaliação federal. Com isso, a proporção de cursos da escola no nível de excelência subiu de 27% para 33%.
Por outro lado, oito programas da instituição saíram dos patamares máximos, mas ainda podem recorrer.
A avaliação, feita pela Capes (braço do Ministério da Educação), foi divulgada anteontem. Mestrados e doutorados com notas 6 e 7 (máximas) recebem mais recursos para pesquisa e maior autonomia para gerir a verba.
O exame considera períodos trienais (o último de 2007 a 2009). Subiram de nota cursos de agronomia, engenharia e educação, por exemplo.
O pró-reitor de pós-graduação da universidade, Vahan Agopyan, afirma que o resultado geral foi "satisfatório", mas que a instituição ainda precisa melhorar, principalmente para aumentar sua inserção internacional.
Para isso, diz o pró-reitor, a USP vai criar uma autoavaliação, aumentar a ajuda da reitoria aos programas e procurar participar mais de pesquisas internacionais.
Responsável pelo programa de química analítica em São Carlos, que deu o maior salto da USP (nota 5 para 7), Éder Cavalheiro diz que a melhora ocorreu devido à fusão com o curso de físico-química, o que ampliou a oferta de disciplinas aos alunos.
Especializado em medição de produção científica, Rogerio Meneghini afirma que a USP tem "cerca de dez departamentos comparáveis aos melhores do mundo". Ele diz, porém, que o aumento de cursos 6 e 7, "estatisticamente, não foi significativo".

AVALIAÇÃO NACIONAL
A avaliação aponta que subiu de 237 para 298 o número de cursos 6 e 7 no Brasil.
Segundo Renato Janine Ribeiro, ex-diretor da Capes, a proporção de cursos no país nas notas 3, 4 e 5-6-7 não costuma ter grande variação entre as avaliações, pois a metodologia usada tende a distribuir um terço dos programas em cada patamar.
Janine Ribeiro diz que o método permite que, "em vez de definir previamente os padrões de cada nota, os estabeleça em razão do desempenho constatado" no período.
Para ele, "a avaliação é peça-chave" para melhorar.


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