São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Criança foi tratada como mercadoria, afirma psicóloga

DE SÃO PAULO

A intenção de devolver um filho adotivo como se fosse um produto demonstra que ele nunca foi reconhecido como filho, diz a psicóloga Vivien Bonafer Ponzoni, da Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama.
"Quando você adota, vive com os filhos como se fossem legítimos e tenta alternativas para resolver os problemas."
Segundo a psicóloga, a rejeição pode trazer consequências "devastadoras" no comportamento e na saúde mental e física da criança, que precisa ter confiança no adulto para se desenvolver.
Para Ariel Alves, vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a rejeição é um processo "extremamente traumático". "É como se a pessoa tratasse a criança como um produto que está na prateleira: escolheu, usou e depois foi trocar", afirma.
Ponzoni ressalta ainda que a Justiça deve ser cuidadosa para não prejudicar a menina por tê-la retirado de casa, já que ela parece ter criado laços afetivos com a família.
De acordo com advogados consultados, no entanto, a lei de adoção determina que irmãos biológicos não sejam separados porque muitas vezes esse é o único vínculo familiar que restou.
A juíza do caso afirma que a menina foi ouvida e disse que preferia ficar com o irmão. Além disso, laudos de um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social apontaram que o casal não estava preparado para a adoção.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Elevador: Mulher morre ao cair em fosso em hospital
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.