São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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ANÁLISE

Apenas a reeducação e a oferta maior de linhas farão diferença no trânsito

CRESO DE FRANCO PEIXOTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O metrô paulistano, destaque mundial de qualidade, cresce 1,9 km ao ano. Há exemplo de crescimento 200% maior.
Os trajetos motorizados, cada vez mais demorados, servem como indicativo de insuficiência perene de atendimento.
A nova linha 4 do metrô paulistano atende demanda em região de renda e nível educacional de mensurável superioridade à média, fundamental para a democratização de uso e para colaborar no processo educacional.
O metrô tem crescido de forma pendular quanto ao perfil socioeconômico.
Essa nova linha amarela atende setores de renda mais alta, visando ensinar o novo modo de se locomover, distinto dos trens suburbanos de uso concentrado em horários de pico. A linha seguinte, a vermelha, abre o leque socioeconômico.
As portas de plataforma isolam passageiros da linha por caixilhos, minimizando riscos e ruído operacional, apesar de alguma sensação de claustrofobia.
Novas composições, de interior contínuo, permitem a migração entre carros, auxiliando no equilíbrio da densidade de passageiros e proporcionando maior conforto.
A linha 4 auxiliará no processo de redistribuição de viagens centrais, minianel a facilitar baldeações e a amenizar a elevada taxa de passageiros por metro quadrado.
Contudo, não deve acarretar impacto perceptível no trânsito. Apenas a forte ampliação de oferta de extensão e de estações, associada à reeducação, mitigará o sofrimento no carro parado.

CRESO DE FRANCO PEIXOTO, é professor do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI, engenheiro civil e mestre em transportes


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