São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Controle sobre venda livre é alvo de crítica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para a Saúde, Devaney Baccarin, afirmou que não acha necessária a nova resolução. A associação representa as empresas que fabricam medicamentos que podem ser vendidos sem prescrição médica.
Segundo Baccarin, o importante é a regulamentação publicitária. Atualmente, por determinação do Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) e da Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica), os medicamentos vendidos com prescrição médica (com tarjas vermelha e preta) não podem ter publicidade em meios de comunicação que não sejam dirigidos a profissionais da área de saúde.
Nesse caso, não entram revistas, jornais e boletins voltados para donos de drogarias ou balconistas que não sejam formados no curso de farmácia. A resolução vai oficializar essa determinação.
Baccarin também questiona um dos itens presentes na resolução, que proíbe o uso da expressão "clinicamente comprovado" na divulgação dos remédios.
"Isso pune quem faz propaganda séria. Se o laboratório tem a comprovação clínica, não deveria ser proibido de usar essa indicação", afirmou.

Divergências
Franklin Rubinstein, da ANVS, no entanto, conta que, durante os 60 dias em que a agência ficou aberta a sugestões sobre a resolução, apareceram opiniões divergentes.
"Houve desde órgãos de defesa do consumidor que pretendiam a proibição total até laboratórios que questionavam a legalidade de a agência fazer qualquer fiscalização da propaganda", afirmou.


Texto Anterior: Saúde: Resolução limita propaganda de remédio
Próximo Texto: Medida restringe amostra grátis
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.