São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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METRÔ

O ramal lilás, com 9,4 km de extensão, terá seis estações, ligando o Capão Redondo ao Largo Treze, na zona sul de São Paulo

Linha será aberta a uma semana da eleição

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

O governo de São Paulo fará a inauguração da linha 5-lilás do Metrô no próximo domingo, a uma semana do segundo turno das eleições. O ramal terá 9,4 km de extensão, seis estações e irá do Capão Redondo ao Largo Treze, na zona sul da capital paulista.
A operação comercial começará na segunda-feira e, inicialmente, vai funcionar das 10h às 15h. A restrição de horário é adotada em toda abertura de novas linhas, para que sejam identificados possíveis problemas do sistema.
A ampliação do horário de funcionamento da linha 5 será gradual, mas a expectativa do governo do Estado é que até fevereiro de 2003 ela funcione das 5h às 24h, como os demais ramais de metrô em São Paulo, que, juntos, somam 49,2 km de extensão.
A linha 5 começou a ser feita em março de 1998, sob responsabilidade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e deve transportar 350 mil passageiros diariamente. O Metrô já transporta atualmente 2,5 milhões de usuários, nas linhas 1-azul (Norte/Sul), 2-verde (Paulista) e 3-vermelha (Leste/Oeste).
As seis estações construídas são: Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi, Santo Amaro e Largo Treze.
A nova linha ainda não terá integração tarifária com os terminais de ônibus, mas os passageiros poderão fazer baldeação gratuita com a linha C da CPTM, que liga Osasco a Jurubatuba.
O custo dela, incluindo obras, desapropriações, compra de trens e equipamentos, era estimado em R$ 1,31 bilhão -valor que se aproxima dos gastos do trecho oeste do Rodoanel. Os oito trens comprados para operar na linha 5 terão ar-condicionado.

Eleições
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, visitou ontem a linha 5 e negou a relação entre a inauguração da obra e a disputa eleitoral entre Geraldo Alckmin (PSDB) e José Genoino (PT) em São Paulo.
"Quando entrei no governo Alckmin, há mais de um ano, já tínhamos a data de inauguração marcada para setembro. Fizemos a operação a partir de setembro e nos sentimos muito confortáveis em cumprir esse programa independentemente do primeiro ou segundo turnos. Nem sequer sabíamos se teríamos segundo turno", disse Fernandes.
O sindicato dos metroviários, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), vê a inauguração como precipitada. "A decisão foi de última hora. Aposto que haverá coisas inacabadas", afirmou Wagner Fajardo, secretário de imprensa da entidade.
A intenção do governo do Estado é estender a linha 5 até a estação Santa Cruz, na Vila Mariana, da linha 1-azul. O financiamento está sendo negociado com representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).


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