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MARIO DE MELLO FARO (1921-2010)
Largou a medicina para ser pioneiro no turismo
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Ao sair formado da Escola
Paulista de Medicina, em
1946, Mario de Mello Faro
manjava tudo de tuberculose. O rapaz de Santos (SP) tornou-se tisiologista, médico
especializado na doença.
Seu pai era um português
que em Santos criou uma empresa de assistência aos estrangeiros, sobretudo aos
conterrâneos que desciam na
cidade. Vendia passagens
marítimas e fazia câmbio.
Quando a empresa da família, a Casa Faro Turismo e
Câmbio, abriu uma filial em
São Paulo, Mario passou a tocar o negócio. Funcionário
do Hospital do Mandaqui, de
manhã se dedicava à medicina; à tarde, ao turismo.
Por alguns anos, dividiu-se entre as atividades, até
que o turismo pesou mais.
Foi um dos primeiros a fretar navios para turismo, pela
costa brasileira, de São Paulo
a Manaus, em programas de
15, 20 ou 30 dias de duração.
Na empresa, ele ficou até
1990, quando se separou e
montou a própria, a Mello
Faro Turismo, hoje comandada por seus dois filhos.
Pioneiro no setor -começou na área em 1959-, foi
presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de
Viagens), primeiro presidente do São Paulo Convention
Bureau e membro do Conselho Nacional de Turismo.
Gostava muito de ir a Portugal, onde tinha parentes.
Acabou se especializando
em genealogia. No perfil levantado de sua família, chegou até a dom João 6º.
Viúvo há 25 anos, morreu
no domingo, aos 89. Havia
sofrido um infarto. Teve dois
netos. A missa de sétimo dia
será amanhã, às 10h, na capela do colégio Nossa Senhora de Sion, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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