São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

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Academia Paulista de Letras apresenta seu auditório reformado

Restauro custou R$ 4,5 milhões ao governo estadual; peça inspirada em conto de Lygia Fagundes Telles reabre o local

Bustos de imortais que restaram no largo do Arouche também serão restaurados e levados para sede da academia

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após 16 meses de reforma, a APL (Academia Paulista de Letras) finalmente inaugura seu novo auditório, cujo teto ruiu em janeiro de 2007.
A restauração, que custou R$ 4,5 milhões ao governo estadual, foi concluída na semana passada. Foi a primeira do prédio desde que foi inaugurado, em 1953.
Além do auditório, a entrada do prédio, o subsolo, os banheiros e os elevadores também foram restaurados.
O auditório teve que ser todo reconstruído e, na quinta-feira, terá seu primeiro evento após a reforma: a apresentação da peça "Venha ver o pôr do sol", baseada no conto de Lygia Fagundes Telles.
O evento é gratuito e será o primeiro de uma série que a APL pretende realizar.
"Agora que ele ficou pronto, queremos que seja bastante utilizado. Inclusive locar o lugar para trazer receita para a APL", diz o presidente da academia, o desembargador José Renato Nalini.
A única fonte de receita da instituição vem do aluguel pago pela Secretaria de Estado da Educação, que ocupa os demais andares do prédio, no largo do Arouche.

IMORTAIS
A segunda fase das reformas está agora em fase de detalhamento do projeto, na Secretaria de Estado da Cultura. Estão previstos uma galeria dos imortais, computadores para que suas obras sejam pesquisadas e um espaço para eventos num jardim de inverno, ao ar livre.
A expectativa do presidente da academia é que a segunda fase seja concluída até o final do ano. "Queremos multiplicar as possibilidades de uso pleno da sede", diz.
Enquanto durou a reforma, a entidade continuou realizando suas reuniões semanais em outros locais.
A obra demorou dois anos para ser iniciada, por falta de verba. Em 2009, foi fechado acordo com o Estado.
A APL também fez um acordo informal com a Secretaria Municipal de Cultura para que os bustos remanescentes no Jardim dos Escritores, no largo do Arouche, em frente à sede, sejam levados para dentro do prédio.
Eles começaram a ser colocados em 1909, quando a academia foi fundada. Aos poucos, a tradição foi sendo vencida pelo vandalismo.
Agora, as estátuas dos imortais que resistiram -apenas cinco- serão restauradas e guardadas numa galeria, onde poderão ser visitadas pelo público.
Ainda não há previsão de quando a restauração e transferência serão feitas.


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