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Academia Paulista de Letras apresenta seu auditório reformado
Restauro custou R$ 4,5 milhões ao governo estadual; peça inspirada em conto de Lygia Fagundes Telles reabre o local
Bustos de imortais que restaram no largo do Arouche também serão restaurados e levados para sede da academia
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após 16 meses de reforma,
a APL (Academia Paulista de
Letras) finalmente inaugura
seu novo auditório, cujo teto
ruiu em janeiro de 2007.
A restauração, que custou
R$ 4,5 milhões ao governo
estadual, foi concluída na semana passada. Foi a primeira do prédio desde que foi
inaugurado, em 1953.
Além do auditório, a entrada do prédio, o subsolo, os
banheiros e os elevadores
também foram restaurados.
O auditório teve que ser todo reconstruído e, na quinta-feira, terá seu primeiro evento após a reforma: a apresentação da peça "Venha ver o
pôr do sol", baseada no conto de Lygia Fagundes Telles.
O evento é gratuito e será o
primeiro de uma série que a
APL pretende realizar.
"Agora que ele ficou pronto, queremos que seja bastante utilizado. Inclusive locar o lugar para trazer receita
para a APL", diz o presidente
da academia, o desembargador José Renato Nalini.
A única fonte de receita da
instituição vem do aluguel
pago pela Secretaria de Estado da Educação, que ocupa
os demais andares do prédio,
no largo do Arouche.
IMORTAIS
A segunda fase das reformas está agora em fase de detalhamento do projeto, na
Secretaria de Estado da Cultura. Estão previstos uma galeria dos imortais, computadores para que suas obras sejam pesquisadas e um espaço para eventos num jardim
de inverno, ao ar livre.
A expectativa do presidente da academia é que a segunda fase seja concluída até
o final do ano. "Queremos
multiplicar as possibilidades
de uso pleno da sede", diz.
Enquanto durou a reforma, a entidade continuou
realizando suas reuniões semanais em outros locais.
A obra demorou dois anos
para ser iniciada, por falta de
verba. Em 2009, foi fechado
acordo com o Estado.
A APL também fez um
acordo informal com a Secretaria Municipal de Cultura
para que os bustos remanescentes no Jardim dos Escritores, no largo do Arouche, em
frente à sede, sejam levados
para dentro do prédio.
Eles começaram a ser colocados em 1909, quando a
academia foi fundada. Aos
poucos, a tradição foi sendo
vencida pelo vandalismo.
Agora, as estátuas dos
imortais que resistiram
-apenas cinco- serão restauradas e guardadas numa
galeria, onde poderão ser visitadas pelo público.
Ainda não há previsão de
quando a restauração e
transferência serão feitas.
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