São Paulo, sábado, 16 de novembro de 2002

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Fim da seca agrava doença em Recife

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

E CAMPO GRANDE

As secretarias municipais da Saúde de Recife e Campo Grande afirmam que o aumento da dengue nas cidades não se deve a problemas financeiros.
"Os recursos foram suficientes", disse a diretora de epidemiologia e vigilância à saúde da Secretaria de Recife, Tereza Maciel Lyra.
O órgão atribui o aumento do número de casos (2.530 em 2001 para 36.523 neste ano) a um "conjunto de fatores": fim do período de seca, má condição social da população, fluxo de turistas, medo da violência (que dificultaria o acesso de agentes às casas) e problemas de abastecimento, que levam moradores a estocar água.
Até 2001, o combate à doença tinha cerca de 400 agentes contratados por um ano. Neste ano, a prefeitura contratou 768 pessoas por três anos, e a União liberou R$ 43 mil para a contratar agentes.
Em 2001, a dengue atingiu 11.115 pessoas no Estado, com 18 casos hemorrágicos e uma morte. Neste ano, até o fim da semana passada, já havia 85.848 casos (327 hemorrágicos) e 17 mortes.
Já a secretaria de Campo Grande cita como problemas o não-recebimento de 2.500 tampas de caixas-d'água e de um triturador de pneus, mas não reclama de falta de verba. Para este verão, o combate terá 1.261 agentes, 30% a mais do que no verão passado.
Neste ano, houve cerca de 13 mil casos da doença em Campo Grande, o que equivale a 2% dos 660 mil habitantes da cidade.



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