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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2003

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COTIDIANO

Rigor em prisão terceirizada gera rebelião no AM

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Detentos do presídio de Puraquequara, em Manaus, fizeram ontem rebelião contra o rigor da nova administração, terceirizada no mês passado. O motim começou por volta da 0h e acabou às 15h45 (2h e 17h45 em Brasília), com a libertação de quatro reféns.
Os cerca de 650 presos aceitaram encerrar a rebelião após uma comissão prometer a volta da visita íntima, suspensa em agosto pela PM, no próximo fim de semana. Uma sindicância vai apurar falhas da atual administração, a cargo da empresa privada Inape (Instituto Nacional de Administração Prisional). Um refém, um agente penitenciário, teria entrado só num pavilhão, contrariando normas de segurança. O Inape não quis comentar o motim.
Além do agente, três detentos do "seguro" (cela onde ficam presos jurados de morte) foram feitos reféns e acabaram bastante espancados, segundo vereador Fabrício Lima (PSDB), da comissão.
Em Porto Velho, presos da Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como Urso Branco, iniciaram às 18h (20h em Brasília) de anteontem uma rebelião que não havia terminado até o início da noite de ontem. Os presos, que fizeram reféns 21 familiares, querem a transferência de 24 presos para para unidades do interior.
Segundo a direção da unidade, o motim é liderado por dois supostos membros da facção Comando Vermelho (CV), do Rio. Em janeiro de 2002, 27 presos morreram em rebelião no local.


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