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Por conta da crise, instituto tem queda na produção científica
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise financeira na fundação que administra o Incor forçou o instituto a fazer cortes
em sua produção científica,
considerada uma das mais importantes da América Latina na
área de cardiologia.
Dos dez indicadores presentes no balanço de atividades de
2005, sete tiveram queda. Entre eles estão trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais (de 416 em 2004
para 321 em 2005), livros e capítulos de livros (282 para 252)
e comunicação em reuniões nacionais e internacionais (de
1.021 para 760).
Apenas três indicadores subiram de 2004 para 2005 (teses, prêmios e projetos de pesquisa em andamento).
Segundo o diretor-executivo
do Incor, David Uip, a queda
nos índices ocorreu quando se
agravaram os problemas financeiros da Fundação Zerbini.
"Houve a decisão de cortar subvenções para viagens ao exterior, por exemplo."
De acordo com Uip, R$ 1 milhão disponíveis para subsídios
a viagens, traduções e apoio à
pesquisa em geral foram cortados na metade deste ano.
"Essa queda é preocupante
para todo o país", disse o presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência). "O Incor é uma instituição de vanguarda. Ela tem
uma grande contribuição na
pesquisa médica no país, o que
não é muito comum no Brasil."
Uma das pesquisas mais simbólicas do Incor foi a que possibilitou o primeiro transplante duplo de coração e rim bem-sucedido da América Latina, realizada em parceria com o Hospital das Clínicas.
Apoio
Ontem, Uip informou ter recebido o apoio de diferentes
hospitais de cardiologia do país,
que defenderam um esforço
conjunto para reajustes na tabela de procedimentos da cardiologia com o objetivo de melhorar os serviços. Segundo
Uip, o Incor recebe, por exemplo, R$ 7.600 por uma ponte de
safena pelo SUS, mas a operação custa o dobro.
Colaborou FABIANE LEITE ,
da Reportagem Local
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