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Médico faz evento sem verba de laboratórios
Indústria costuma pagar 60% dos custos
CLÁUDIA COLLUCCI
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
Hora do coffee break no
Congresso Pan-Americano
de Medicina Hospitalar, no
Costão do Santinho, em Florianópolis (SC). Diferentemente de outros eventos médicos, onde impera a fartura
de cafés e guloseimas, neste
só havia café e água de graça.
Não houve ainda distribuição de brindes, outra estratégia da indústria para atrair
médicos para os estandes.
É a primeira vez que um
evento médico, de porte internacional, é feito no país
sem patrocínio dos laboratórios, responsáveis hoje por
mais de 60% dos custos dos
congressos médicos.
Os principais financiadores foram a Mayo Clinic
(EUA), que patrocinou a vinda de palestrantes internacionais, e a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), que pagou a viagem
dos palestrantes brasileiros.
O restante veio de outros
patrocinadores, de alguns
estandes (de hospitais e editoras, por exemplo) e das taxas de inscrição (R$ 510).
"Foi um processo muito
desgastante. Tivemos que colocar dinheiro do bolso, assumir todos os riscos", diz
Guilherme Brauner Barcellos, presidente da Sociedade
Brasileira de Medicina Hospitalar e um dos organizadores do evento.
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