São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2000

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POLÍCIA

Em SC, governo diz que só negocia em março

Delegados voltam ao trabalho no quinto dia de greve no Maranhão

EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Gerência de Segurança Pública do Estado do Maranhão determinou que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros reforcem a segurança no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, capital do Estado, em razão da greve dos policiais civis, que entra hoje no seu quinto dia.
Há o temor de que haja qualquer tipo de confusão hoje, dia do banho de sol e de visitas aos detentos. A segurança dos 600 presos é feita normalmente por 18 a 25 policiais em cada plantão.
Nos últimos dias, apenas um terço tem trabalhado, segundo informação do delegado Sebastião Albuquerque Uchôa Neto, chefe da Casa de Detenção do complexo. O sindicato promete fazer uma manifestação em frente ao presídio.
Os policiais exigem, entre outras reivindicações, a realização de concurso público e a criação de um Plano de Cargo e Salários a fim de elevar o valor do piso salarial da categoria (R$ 151).

Revés
Em reunião com representantes do governo, anteontem, o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia), Jefferson Portela, decidiu retirar os delegados da greve.
Na quarta-feira, o gerente de Segurança, Raimundo Cutrim, assinara uma portaria determinando o retorno ao trabalho, ameaçando com exoneração os delegados em estágio probatório (período em que o servidor não tem estabilidade), que são 180 dos 258 em todo o Estado.
O presidente da associação disse que atitude do governo não influenciou a sua decisão.

Santa Catarina
A paralisação completa hoje quatro dias. A Fepol (Federação dos Policiais de Santa Catarina) afirma que 70% dos quase 3.000 policiais civis e militares aderiram ao movimento em Florianópolis.
O governo diz que a greve não existe, apesar de haver obtido uma liminar determinando que os integrantes do comando de greve retornassem às suas funções. Ontem pela manhã, PMs fardados promoveram uma passeata por ruas de Joinville.
O governo declarou que só negocia em março, em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita o gasto com a folha salarial.


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