São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2001

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OUTRO LADO

Para o governo, cidades devem ter consórcios

DA REPORTAGEM LOCAL

Os serviços de urgência e emergência do litoral de São Paulo estão adequados às necessidades locais, dizem os diretores regionais da Secretaria de Estado da Saúde responsáveis por essas áreas.
De acordo com eles, é necessário que os municípios, principalmente os pequenos, comecem a organizar consórcios para suprir necessidades que aparecem principalmente na temporada de verão, como equipes para neurocirurgia e equipamentos para exames mais complexos, como tomografia e ressonância magnética.
A iniciativa de um consórcio já é discutida nas duas regiões. No litoral norte, as negociações parecem estar mais avançadas. Prefeituras e Estado discutem um projeto que será encaminhado às Câmaras Municipais.
Apesar de grande parte dos serviços no litoral norte serem chamados de prontos-socorros, funcionam como prontos-atendimentos, afirma Fernando Semeghini, diretor técnico do Departamento de Saúde da Diretoria de Saúde (DIR) de São José dos Campos.
De acordo com Semeghini, em todo o Vale do Paraíba, onde a região está localizada, apenas os prontos-socorros dos hospitais municipais de São José dos Campos e Taubaté têm equipes multidisciplinares com anestesistas, cirurgiões, clínicos, cardiologistas, pediatras e ortopedistas permanentes, conforme exige resolução do Conselho Federal de Medicina.
Todos os casos mais graves são encaminhados para São José, Taubaté e até Jacareí.
Na temporada, são cerca de 45 por mês. Segundo o diretor regional de Saúde da Baixada Santista, José Ricardo Martins Di Renzo, os serviços que existem na região não são os ideais mas estão de acordo com os princípios de hierarquização do Sistema Único de Saúde.
"Não há como colocar um serviço altamente especializado em um pequeno município", explica. "Mas as soluções devem ser localizadas. Uma equipe de profissionais de UTI é cara para uma pequena cidade, mas passa a ser aceitável se o custo for dividido entre três."
Para o secretário da Saúde de São Vicente, José Roberto Rodrigues de Lima, é necessário criar centros de estabilização regionais dos pacientes.
"Os serviços da região são fracionados e não conseguem resolver os casos graves. Seria bom que existisse um local completo", avalia.
"O importante é melhorar a referência", afirma Semeghini. "É caro manter uma equipe em um município pequeno." (FL)













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