São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002

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OUTRO LADO

Investigados negam ligação com traficantes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria do STJ (Superior Tribunal de Justiça) informou ontem, após a reunião que decidiu pela abertura de procedimento administrativo, que o ministro Vicente Leal de Araújo não daria entrevista.
Na sexta-feira, Araújo divulgou nota em que nega ter recebido influências para conceder habeas corpus ao traficante Leonardo Dias Mendonça.
No texto, o ministro diz que julgou um habeas corpus "em favor" de Mendonça por ter constatado "excesso de prazo na formação de culpa" -a prisão preventiva já havia se prolongado demasiadamente- e que outros réus da mesma ação já estavam em liberdade.
Também na sexta, o juiz federal Luiz Fernando da Costa Tourinho Neto, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, divulgou nota. No texto, afirmou que emitiu voto favorável ao traficante porque a prisão preventiva não cumpria os preceitos da legislação penal.
"Entendo que todo indivíduo só pode sofrer restrição à liberdade se os pressupostos necessários estão presentes", diz a nota de Tourinho Neto.
O desembargador federal Eustáquio Silveira, outro citado nos relatórios de grampos da Polícia Federal, disse também em nota que nunca concedeu habeas corpus a Mendonça.


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