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CLIMA
Defesa Civil mineira já contabiliza 12 mortes; Brasília sofreu alagamentos, e desabamento matou uma mulher no Rio
Chuvas matam 7 pessoas em Minas Gerais
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
As fortes e intensas chuvas que
atingem todo o Estado mineiro
causaram sete mortes na madrugada de ontem. Seis pessoas morreram em uma única região, o Vale do Aço. Uma criança também
morreu soterrada em Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha.
Desde 3 de novembro, a Defesa
Civil contabiliza 12 mortos em razão da atual temporada de chuvas
em Minas Gerais. As chuvas se intensificaram nos últimos seis dias.
Desde o sábado passado, os bombeiros e as equipes da Defesa Civil
trabalham ininterruptamente. As
polícias rodoviárias Estadual e Federal alertam os motoristas para a
situação ruim das estradas.
A situação no Estado se agravou
ontem com as ocorrências nas cidades de Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano. Em Timóteo,
duas crianças que viviam na Ocupação do Limoeiro, um local da
periferia habitado por sem-tetos,
morreram soterradas. Os irmãos
Warley Flávio, 9, e Felipe Flávio
da Silva, 10, dormiam dentro do
barraco atingido pela queda de
um barranco. No bairro do Limoeiro, foi encontrado o corpo
de José de Brito Souza, 65. Segundo a PM, a causa da morte teria sido afogamento.
Em Coronel Fabriciano, foram
mais duas mortes por soterramento. O corpo de João Gonçalves de Lima, 44, foi encontrado
pela manhã. À tarde, as equipes
de resgate encontraram o corpo
de Antônio Pinheiro Gomes, 52.
Ambos dormiam quando suas casas foram atingidas por deslizamentos de terra.
Em Ipatinga foi registrada a
morte por soterramento da dona-de-casa Maria Feliciano Alexandre. A sétima morte, confirmada
no começo da noite de ontem, foi
de uma criança na cidade de Padre Paraíso (a 546 km a nordeste
de Belo Horizonte).
No início da madrugada de ontem, as chuvas causaram a abertura de uma enorme cratera na
rodovia federal (BR-262) que liga
Vitória à região oeste de Minas. O
buraco, segundo a Polícia Rodoviária Federal, tem 35 metros de
comprimento e 12 metros de profundidade. Está no trecho da rodovia localizado em Nova Serrana
(133 km de Belo Horizonte).
Brasília e Rio
A forte chuva que atingiu Brasília ontem à tarde provocou transtornos em alguns órgãos públicos, queda de energia elétrica e
alagamentos de ruas que ficaram
intransitáveis, num cenário atípico para a cidade.
De acordo com os bombeiros, a
chuva atingiu a capital federal
com mais intensidade por cerca
de uma hora, a partir das 14h30.
A garagem do Senado foi inundada, e os bombeiros foram acionados. O Centro Integrado de
Atendimento e Despacho, órgão
do Corpo de Bombeiros, registrou 25 ocorrências até o início da
noite de ontem. Não houve registros de acontecimentos graves.
No Rio, a fachada de um antigo
sobrado de dois andares desabou
por volta das 9h30 de ontem no
bairro da Saúde, no centro do Rio
de Janeiro, e matou Eliene Mendonça Cutrin, de 35 anos. A queda
do edifício, que em 8 de novembro já tinha perdido grande parte
de suas paredes internas em um
primeiro desabamento, que deixou uma pessoa ferida, pode estar
associada às intensas chuvas registradas nas últimas semanas.
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