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GOVERNO LULA
Vigilância epidemiológica terá nova secretaria
Humberto Costa vai alterar as principais atribuições da Funasa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde vai criar
uma secretaria que retira da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) os programas voltados para a
vigilância epidemiológica -uma
das principais áreas de atuação
atualmente. Além disso, a fundação deixará de cuidar da destinação dos recursos de emendas de
congressistas.
Com isso, as principais atribuições da Funasa passarão a ser
projetos nas áreas de saneamento
básico e saúde indígena.
"Não cabe ao governo conviver
com superposição de tarefas, choque de ações e disputa política
que se estabelece dentro da instituição. [..." Negociações políticas
e atendimento a emendas de parlamentares serão feitas no Ministério da Saúde", afirmou ontem o
ministro Humberto Costa durante a solenidade de posse do novo
presidente da Funasa.
O médico Valdi Camarcio Bezerra, 56, assumiu o cargo com o
objetivo de ajudar no processo de
reestruturação da Funasa.
Para isso, Bezerra e o ministro
anunciaram a retirada do projeto
de criação da Agência Federal de
Prevenção e Controle de Doenças
(Apec) em tramitação no Congresso. A criação da agência seria
a última etapa do processo de descentralização do controle de
doenças. Será substituída por secretaria ligada ao ministério.
"No processo de reestruturação, buscaremos alternativas para
melhor coordenar as ações, evitando conflitos de competência",
afirmou Bezerra.
A Apec chegou a ser criada no
governo Fernando Henrique Cardoso por meio de medida provisória, posteriormente derrubada
pela Câmara após acordo com a
bancada governista para que o assunto fosse apreciado como projeto de lei. Segundo Humberto
Costa, o formato da nova secretaria ainda será discutido.
Em relação às ações na área de
saneamento, Costa disse que uma
proposta é mudar o critério para
que os municípios recebam recursos para o setor, incluindo indicadores de saúde. Hoje, a Caixa
Econômica Federal, responsável
pelo contrato com as administrações, considera a capacidade de
endividamento dos municípios.
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